O Mercosul condenou a “espionagem global” dos Estados Unidos a líderes de vários países e organizações internacionais, insistindo na necessidade de garantir a segurança das telecomunicações na região e combater as ações que ameaçam a soberania.
A condenação foi feita nesta quarta-feira (30), em Caracas, durante uma reunião de ministros de Relações Exteriores de países-membros do Mercosul, na qual participaram a Argentina, o Brasil, Uruguai e a Venezuela e que foi encerrada pelo Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
“Ratificou-se a condenação da espionagem global realizada pelo governo dos Estados Unidos e foram abordadas as medidas necessárias que devem tomar os governos e os setores da nossa sociedade”, explicou aos jornalistas o ministro de Relações Exteriores venezuelano, Elías Jaúa.
Em comunicado, o Ministério de Relações Exteriores da Venezuela destaca que os países-membros do Mercosul estão “conscientes de que as ações de espionagem dos Estados Unidos se acentuam, motivando uma dura crítica mundial”.
“Os ministros comprometeram-se a formalizar a criação de uma instância permanente, dentro da estrutura do Mercosul, para prestar atenção a todos os temas derivados da segurança das telecomunicações na região e combater as ações que vulneram a soberania dos nossos países”, informa o comunicado.
Outro documento destaca que, durante a reunião, foi analisada uma proposta de diálogo do Mercosul com a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América, a PetroCaraíbas e a Comunidade das Caraíbas.
O propósito é “avançar na construção de uma zona econômica completar, regional, para consolidar a união latino-americana e caribenha, promover o desenvolvimento integral, combater a pobreza, a exclusão social, a complementação, solidariedade e cooperação”.
Eles reiteraram também o interesse do Mercosul em chegar a um acordo comercial com a União Europeia.