FOLHA DE SÃO PAULO
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
A financeira Taií, empresa de crédito pessoal do Itaú, decidiu fechar 10% de suas lojas no país. A financeira tem hoje 250 unidades próprias, além de postos de atendimento em redes varejistas como Pão de Açúcar, Extra e Lojas Americanas.
A expectativa é que pelo menos 150 funcionários sejam demitidos. O banco não confirma os números. A Taií atribuiu os cortes a um superdimensionamento da rede de lojas, feito ainda antes da crise nos mercados.
“Por motivo de atualização na distribuição dos pontos-de-venda, a Taií está encerrando atividades de algumas unidades. Essa atualização corresponderá em 2008 a cerca de 10% do total de unidades”, informou, em nota.
A maioria dos demitidos são promotores de crédito, uma espécie de “vendedor” de empréstimo pessoal, com menos de um ano de casa.
Em São Paulo, os promotores da Taií não são representados pelo Sindicato dos Bancários (CUT), mas pelo chamado Sindicatão. Segundo Carlos Adrião, diretor do Sindicatão, não há informações precisas sobre o número de demissões na Taií. “A Taií tem um “turnover” [rotatividade] muito alto”, disse.
Parte dos funcionários das lojas fechadas será aproveitada em postos em redes varejistas parceiras, além do próprio banco Itaú. O Itaú costuma contratar funcionários de destaque da Taií, com mais de 18 meses de casa.
O atendimento aos clientes nas cidades que não terão mais lojas Taií será feito por telefone e pela internet.