Os bancários do Distrito Federal rechaçam a insignificante proposta feita pela Fenaban na última rodada de negociação e vão à greve na terça-feira, dia 30, conforme orientação do Comando Nacional. Está foi a decisão tomada pela assembléia geral realizada na noite desta quinta-feira 25, com expressiva participação da categoria.
Os bancos ofereceram reajuste de apenas 7,5% sobre os salários e o valor da PLR do ano passado. Inflação medida pelo INPC entre setembro e agosto deste ano foi de 7,15%. Ou seja, o reajuste real seria apenas residual (aproximadamente 0,3%).
Já o resultado dos bancos no primeiro semestre deste ano aumentou mais que o dobro do PIB de toda a economia no mesmo período – 12,7% contra 6,1%. O setor bancário foi o que mais cresceu entre todos os segmentos. O de serviços, que ficou em segundo lugar, teve acréscimo em seu valor adicionado de 9,7%.
“Dizer que essa proposta dos bancos é rebaixada nem é o termo mais apropriado. Eu diria que é uma proposta indecente, uma provocação à categoria bancária”, diz Rodrigo Britto, presidente do Sindicato.
Os bancários reivindicam reposição da inflação mais aumento real de 5%. Exigem também elevação e simplificação da PLR: três salários mais R$ 3.500 para todos, sem limitador e sem teto.
Em resposta à provocação patronal, a assembléia desta quinta decidiu ainda pela intensificação das paralisações setoriais nesta sexta 26 e também na segunda 29, quando será realizada a nova assembléia.
É hora de enfrentar com unidade e determinação a intransigência e o descaso dos bancos frente às nossas reivindicações. “Não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta…” Todos à assembléia desta segunda, 29 de setembro, às 19h, no SBS.
