Sindicato dá ultimato para BB no caso da Rio Azul

(São Paulo) O Banco do Brasil tem até o dia 11 de março para dar uma resposta oficial sobre como irá pagar os trabalhadores da Rio Azul, empresa que prestou serviços para a instituição e deixou seus funcionários na mão após fechar por falência. Caso a enrolação continue, o caso irá para a justiça. O ultimato foi dado na segunda-feira, dia 11, em uma audiência na DRT (Delegacia Regional do Trabalho) de São Paulo.

O movimento sindical bancário exige o pagamento de todos os direitos trabalhistas, além de salários atrasados e benefícios. “Por usufruir dos serviços da Rio Azul, o Banco do Brasil tem co-responsabilidade no pagamento do que é devido, de acordo com a legislação. Demos um prazo mais do que suficiente para eles fazerem alguma coisa e pararem de enrolar”, diz Hugo Aquino, diretor do Sindicato de São Paulo que esteve na reuinião. Os diretores Leandro Barbosa e Ernesto Izumi também compareceram, ao lado de Marcel Barros, da comissão de empresa da Contraf-CUT. Pelo lado do banco, foram representantes do Centro de Serviços Operacionais (CSO) e do Centro de Serviços de Logística (CSL).

Além de não receberem corretamente, os funcionários da Rio Azul sofreram com um caminhão de irregularidades: falta de contrato, de registro de trabalho; ameaças para que não procurassem ajuda na justiça ou no Sindicato; confinamento em um quarto durante inspeção da DRT; expediente em finais de semana, jornada acima das 10 horas; não pagamento de horas extras. Depois de a empresa ser extinta, seu dono e todos os bens materiais sumiram.

“Orientamos os trabalhadores da Rio Azul a procurarem o Sindicato para deixarem o nome e o telefone a fim de que possamos entrar em contato com todos na luta pelos direitos. Nenhum deles deve colocar a questão de lado, pois não vamos deixar esse absurdo passar em branco”, completa Hugo.

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