Funcionários da ativa, aposentados e pensionistas do Banco do Brasil na Paraíba participaram na noite de quarta-feira (12), no auditório do Seeb-PB, de um debate sobre o futuro da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (CASSI) que teve como convidado o coordenador do GAT Saúde e Qualidade de Vida da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB), Fernando Amaral.
Amaral destacou a importância de se discutir o futuro da CASSI, que é em empresa dos(as) bancários(as) e que muitos ainda não entendem o perigo do desmonte desse patrimônio, em um momento em que o governo e seus aliados buscam modificar as formas de gestão e sustentação dos planos de saúde e previdência das estatais, com graves prejuízos para os usuários e participantes.
“É importante que todos e todas estejam atentos ao pleito que se aproxima. Esse é um processo de destruição da CASSI, que foi construído pelo Banco de forma unilateral e sem a devida discussão com quem verdadeiramente são os donos da CASSI, os seus associados. Para se ter uma ideia, querem retirar direitos, trazendo mudanças irreversíveis e prejudiciais para o corpo social. A entidade terá proposta de reforma estatutária a ser votada a partir do dia 24 de setembro, e os bancários terão em suas mãos o destino da CASSI. Aqueles que dão valor e sabem da importância que é a CASSI devem votar NÃO”, destacou.
A proposta de reforma estatutária já aprovada pela governança da CASSI e pelo Banco do Brasil é totalmente desfavorável aos associados da Caixa de Assistência. O discurso do BB e de parte da diretoria da CASSI é que as alterações propostas no estatuto vigente, se aprovadas pelo Corpo Social, modificarão para melhor o modelo de custeio do Plano de Associados, o que não é verdade. “Em vez de negociar, o banco resolveu investir pesado em propaganda para convencer os funcionários de que a Cassi vai quebrar se não aceitarem passivamente aumento de contribuições”, salientou.
Amaral relatou que já existe uma proposta que traz solução para os problemas da CASSI, mas que o Banco recusou avaliar. “Elaboramos com consultorias todas as soluções para resolver o problema da CASSI, pois não há dúvidas de que é necessário revisar o modelo de custeio para o restabelecimento do equilíbrio financeiro do Plano de Associados. No entanto, o banco se recusou a avaliar nossa proposta”. Ainda lembrou que “o Banco do Brasil é um importante e desejado patrocinador e ele próprio, juntamente com a consultoria contratada, reconhecem que a Cassi é o maior benefício para os funcionários. No entanto, a proposta apresentada aumenta o poder de gestão do Banco do Brasil na Caixa de Assistência e coloca em prática o que determina a Resolução CGPAR n.º 23, incluindo novas regras de custeio de forma precipitada, uma vez que a resolução tem um prazo de quatro anos para ser implementada, após a sua publicação, ou seja, até janeiro de 2022”, alertou.
CONFIRA ALGUNS DOS MOTIVOS PARA VOCÊ VOTAR NÃO!
O Conselho Deliberativo da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) aprovou em 01 de agosto uma proposta de estatuto apresentada pela governança da Cassi, que retira direitos dos associados e promove alterações que desfiguram completamente a Caixa de Assistência. A proposição não foi debatida e, em breve, deverá ser submetida a votação do corpo de associados.
O movimento sindical exige a retomada da mesa de negociação com o Banco do Brasil, para que as propostas sejam discutidas. Além disso, orienta todos os funcionários a votarem NÃO na consulta ao corpo social, exigindo que a direção do banco volte a negociar com os representantes dos associados para encontrar uma solução que atenda aos interesses das duas partes.
VOCÊ DEIXARÁ DE SER ASSOCIADO PARA SER BENEFICIÁRIO: No organograma da estrutura societária da Cassi, encontramos como órgão máximo o corpo social. No papel de associado, você também é dono da Cassi. Ao se tornar um beneficiário, como o próprio nome diz, você simplesmente passa a ser um usuário do plano, sem qualquer intervenção nas decisões tomadas pela governança.
NOVOS FUNCIONÁRIOS NÃO TERÃO PLANO DE SAÚDE NA APOSENTADORIA : A proposta de novo estatuto faz valer a CGPAR 23 (que está sendo questionada judicialmente pela ANABB) e cria impedimento para inclusão de novos funcionários no Plano de Associados. Além disso, deixa de oferecer o benefício de saúde no pós-laboral. Um plano sem novos ingressos é um plano que caminha para a extinção. Sem novas vidas, o plano não se sustenta.
CRIAÇÃO DE NOVOS PLANOS: A proposta de novo Estatuto abre possibilidade de o Banco do Brasil criar novos planos a qualquer momento e atendendo aos seus interesses.