Levantamento foi divulgado no Teatro dos Bancários, em Brasília
Cerca de 40% dos bancários e bancárias do Distrito Federal estão em risco de adoecimento. É o que revela a pesquisa ‘Riscos Psicossociais do Trabalho Bancário’, divulgada, na terça-feira (22), no Teatro dos Bancários, em Brasília.
O estudo, realizado entre os meses de novembro de 2013 e abril de 2014, foi fruto de uma parceria entre o Sindicato, o Grupo de Estudos e Pesquisa em Saúde do Trabalhador e o Laboratório de Psicodinâmica e Clínica do Trabalho da Universidade de Brasília (UnB), sob a coordenação da professora doutora Ana Magnólia Mendes.
No total, 1.500 trabalhadores foram entrevistados. O objetivo da pesquisa foi caracterizar a organização do trabalho bancário, assim como a lógica de gestão adotada pelas instituições, seus antecedentes e impactos na relação entre trabalhador-trabalho, além de mapear os riscos psicossociais que podem provocar vivências de sofrimento patológico, conduzindo ao adoecimento.
Os dados mostram que 60% dos bancários já sofreram assédio moral no ambiente de trabalho. Além disso, 70% vivenciam a indignidade e 60% disseram se resignar com a indignidade no ambiente de trabalho. Entre as principais causas para os dados negativos estão a falta de participação nas decisões, os prazos inflexíveis e o excesso de normas.
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“Os bancários vivem um dilema entre buscar um reconhecimento, não conseguir atender às normas e ter que apresentar resultado. Trata-se de um fenômeno chamado de mentira organizacional, pois os trabalhadores acabam infringindo as normas para terem resultado”, afirmou a coordenadora da pesquisa Ana Magnólia Mendes.