(Florianópolis) O Movimento em Defesa do Besc Público realiza nesta quarta-feira, dia 13, às 15h, uma Coletiva de Imprensa para denunciar o ataque do Governo de Santa Catarina ao Besc.
O Estado quer vender as contas-salário dos servidores públicos, retirando-as do banco. Para isso, anunciou pregão no dia 19 de dezembro com o objetivo de leiloar a movimentação dessas contas para o banco que pagar mais. Esta medida enfraquecerá o banco estadual, diminuindo seu potencial de atuação para o desenvolvimento de Santa Catarina.
Não é a primeira vez que o PMDB e seus aliados ensaiam esse tipo de ataque ao banco público dos catarinenses, anunciando medidas que afrontam o artigo 116 da Constituição do Estado de Santa Catarina, a Lei Estadual 9.489/94 e o contrato de federalização, pois todos determinam o movimento de recursos públicos no BESC.
Na coletiva, que será realizada na sede do Seeb Floripa, os representantes do Movimento falam também do ato em defesa dos serviços públicos, marcado para ocorrer esta quinta-feira, dia 14 em várias regiões de Santa Catarina. Em Florianópolis acontece a partir das 14 horas na Audiência Pública na Câmara de Vereadores e às 16 horas do ato político em defesa do Besc Público, no Largo da Catedral, em frente à agência Praça XV do BESC.
A medida é contraditória com o compromisso que o governador eleito Luiz Henrique da Silveira assumiu durante a campanha eleitoral, em carta enviada aos participantes do Encontro Nacional dos Empregados do BESC (em 05/08/06) que diz: “o BESC, mantido na condição de Banco público, retorne às funções para as quais foi criado, ou seja: a de ser instrumento de suporte do desenvolvimento, de novos investimentos e da expansão econômica de nosso Estado”.
O BESC cumpre importante papel social em Santa Catarina e está presente em todos os 293 municípios, onde atende aos pequenos clientes e investidores e financia o pequeno agricultor e o micro e pequeno empresário. Assim sendo, as entidades do Movimento em Defesa do BESC Público exigem o cancelamento do leilão das contas-salário dos servidores. Para que não se afronte a lei, para que não se promova o enfraquecimento dessa valorosa empresa pública e para que, principalmente, não se concretize o ataque frontal ao interesse público.
Fonte Janice Miranda – Seeb Floripa