Na luta pelos empregos e direitos dos trabalhadores, e em prol da soberania e do desenvolvimento do Brasil, a Contraf-CUT participou de um ato, na manhã desta terça-feira (8), em Brasília. O seminário em defesa das empresas públicas, realizado no Congresso Nacional, marca também o lançamento na capital federal do livro Se é Público, é Para Todos, e integra ações definidas pelo Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, como iniciativas para responder ao desmonte das estatais e serviços públicos brasileiros. A secretária de Cultura, Fabiana Uehara Proscholdt, o secretário de Relações do Trabalho, Jeferson Gustavo Pinheiro Meira, e a diretora Barbara Peixoto de Oliveira representaram a Confederação.
“O governo ilegítimo que está à frente do nosso país vem enfraquecendo as empresas públicas, preparando-as para a privatização”, critica a presidenta do Seeb SP, Ivone Silva, que compôs a mesa do seminário. “No caso dos bancários, as instituições financeiras privadas são as principais beneficiadas. Enquanto isso, perdem os empregados, cada vez mais sobrecarregados; a população, com o atendimento precarizado; o país, que vê a redução da função social dos bancos públicos. Só as empresas privadas se dão bem, muitas sem nenhum interesse em promover o desenvolvimento do país.”
Ivone ressaltou que os brasileiros estão se conscientizando e podem alterar essa agenda de retrocessos nas eleições, em outubro. “A recessão está se aprofundando, na medida em que se enfraquece o mercado interno e a infraestrutura social e econômica que nos fizeram avançar na última década. Isso não pode continuar ou o Brasil voltará aos tristes tempos em que era devedor, refém de outros países e do mercado financeiro internacional.”
Para fortalecer a economia brasileira, reforça a presidenta do Seeb SP, os bancos públicos desempenham um papel fundamental. “São um importante instrumento de política econômica e de promoção ao desenvolvimento econômico e social, responsáveis por 56% do crédito no país. Esse percentual vinha crescendo muito desde a crise de 2008, quando a atuação de BB, Caixa e BNDES, principalmente, foi fundamental para amenizar os impactos da crise no Brasil. O golpe mudou esse quadro de crescimento e isso faz das eleições de 2018 um momento crucial para definir que Brasil queremos”, completa Ivone.
O livro
Organizado pelo sociólogo Emir Sader, o livro Se é Público, é Para Todos reúne textos de diversos autores sobre a importância das empresas públicas para a soberania e o desenvolvimento nacional.
A representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, participou da elaboração do volume. Em seu texto, Rita – que também é historiadora e coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas – resgata a trajetória do banco público desde a origem e enfatiza sua importância como agente desenvolvimentista.
“O livro abre espaço para a valorização das empresas públicas e sua defesa. No caso específico da Caixa, mostra sua influência decisiva na vida dos brasileiros e nos rumos do país, além de dar protagonismo a seus empregados, tirando-os do anonimato”, explicou.
Se É Público, É para Todos foi organizado com apoio da Fenae e da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e conta com textos do economista Fernando Nogueira da Costa, sobre bancos estatais; do coordenador da FUP, João Moraes, sobre a trajetória da Petrobras; além do próprio Sader e outros.