Mobilização dos bancários cresce em todo país
No dia nacional de luta, o Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região mobilizou a categoria e realizou manifestações em frente às agências do Itaú e Santander.
Os bancários paralisaram e retardaram a abertura das unidades, que iniciaram o atendimento após as 12h. O protesto foi realizado em todo país como forma de alertar aos banqueiros que a proposta de 0,7% de aumento real é insuficiente para categoria. Amanhã ocorre a quinta rodada de negociação entre a Fenaban e o Comando Nacional dos Bancários, em São Paulo.
De acordo com o presidente do Sindicato, José Jaime Perim, essa manifestação é a prova de que a categoria aguarda uma proposta decente dos banqueiros, que é o setor que mais lucra no país. Enquanto a segunda colocada, a indústria tem um lucro médio de 8%, os bancos têm ganhos de 20% disparando em primeiro lugar.
“Com crise ou sem crise, vemos que os bancos estão lucrando muito e é disparado o setor da economia que mais ganha, portanto é inaceitável a proposta apresentada até o momento”, afirma.
A categoria está em negociação com a Fenaban desde o dia 1º de agosto. A luta é por um reajuste de 10,25% nos salários, sendo 5% de ganho real. A categoria reivindica também a reformulação da cláusula referente ao assédio moral e quer mais segurança.
“O manifesto de hoje é apenas um aviso. Se os banqueiros não melhorarem a proposta na negociação desta terça-feira, as paralisações e manifestações vão aumentar, podendo culminar em mais uma greve geral da categoria”, enfatiza o presidente.
Se a categoria não aceitar a proposta da Fenaban, os bancários podem paralisar as atividades.
Os bancários exigem dos banqueiros: reajuste salarial de 10,25%, PLR de três salários mais R$ 4.961,25, piso salarial do Dieese de R$ 4.416,38, vales alimentação, refeição e auxílio-creche de R$ 622 cada, planos de cargos, carreiras e salários, mais segurança nas agências, igualdade de oportunidades e respeito da jornada de seis horas, entre outras demandas.