Santander prepara fim da marca do Real para 2010; bancários querem emprego

O Santander deve unificar até meados do ano que vem suas operações de banco de varejo no Brasil, pondo fim à etiqueta Banco Real, nome da instituição comprada pelo grupo espanhol em outubro de 2007. A informação foi divulgada na última sexta-feira, dia 28 de agosto, pela Agência Reuters.

“Até o meio de 2010 a integração deve estar completa”, disse o vice-presidente executivo sênior do Santander, José Paiva Ferreira. Segundo ele, o objetivo é fazer uma transição gradual para evitar que clientes familiarizados com os conceitos do Banco Real, como o de sustentabilidade, se assustem com a mudança.

Juntas, as duas redes têm cerca de 4 mil agências no País e aproximadamente 9 milhões de clientes. De acordo com Ferreira, nos próximos meses o grupo deve lançar novos produtos financeiros que combinem vantagens que são apreciadas pelos clientes, usando as marcas Banco Real e Santander.

Garantia de emprego

“Queremos a manutenção dos empregos no processo de fusão. Já conquistamos o centro de realocação e os incentivos para a aposentadoria. Com os lucros e ganhos de sinergia, não há motivos para dispensar trabalhadores que constroem dia a dia o crescimento dos resultados do banco no Brasil”, afirma o funcionário do Santander e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

A garantia de emprego é também uma das principais reivindicações da minuta específica para o aditivo do Santander à Convenção Coletiva de Trbalho 2009/2010, que será entregue nesta terça-feira, dia 1º de setembro, às 16h, para os representantes do banco. “A demanda está igualmente na mesa única de negociações do Comando Nacional dos Bancários e da Fenaban”, destaca o dirigente sindical. “A proteção ao emprego é prioridade da categoria”.

Inadimplência

Segundo o vice-presidente do banco, a inadimplência das pessoas físicas – medida pelo montante de operações vencidas há mais de 90 dias – começa a dar sinais de declínio, depois de ter atingido o nível de 8,1%.

Já entre as empresas, o volume dos calotes se estabilizou, disse ele, embora tenha evitado citar números. “Mas ainda precisamos de mais algum tempo antes de afirmar que há uma tendência nesse caso”, completou.

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