Eleição de Dilma Rousseff (PT) repercutiu em todo mundo. O jornal espanhol El País destacou, em sua edição eletrônica, que ela é a 12ª mulher a chegar ao poder na América Latina, “uma lista que, apesar de ter crescido de forma considerável nos últimos anos, continua exígua em comparação à de homens”.
Dilma é apresentada como “herdeira política de Lula” e como uma economista de 62 anos que nunca havia disputado um cargo eletivo, além de ser uma administradora rígida.
“Rousseff se somará a outras três mulheres que, no continente americano, estão atualmente à frente de seus respectivos países”, diz o El País, citando as presidentes da Argentina, Cristina Fernández, e da Costa Rica, Laura Chinchilla, além da primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar.
“As duas últimas assumiram os cargos este ano, o mesmo em que Michelle Bachelet se despediu da presidência do Chile, cargo que passou às mãos de um homem, Sebastián Piñera”, afirma o jornal espanhol, ao lembrar que a política chilena tinha 84% de popularidade quando deixou o cargo e foi eleita numa pesquisa feita em setembro como a melhor governante da história de seu país.
O periódico europeu cita ainda a também argentina María Estela Martínez, a Isabelita, viúva de Juan Domingo Perón. Ela não foi eleita, mas, como vice, tomou posse após a morte do marido. Depois, foi derrubada por um golpe militar. Outro nome citados é o de Violeta Chamorro, na Nicarágua.
Também são mencionados mandatos de curta duração ou provisórios, como a boliviana Lidia Gueiler, que ficou oito meses no poder em 1979, e a haitiana Ertha Pascal-Trouillot, então presidente da mais alta corte da Justiça do país quando foi posta no poder pelos militares, em 1990, para convocar eleições, e permaneceu 11 meses.