Contraf-CUT quer discutir tarifas banc rias com a Cƒmara dos Deputados

(São Paulo) A Contraf-CUT quer participar das discussões sobre tarifas bancárias promovidas pela Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados. A Confederação enviou nesta segunda-feira, dia 25, um ofício para o presidente da Comissão, deputado Cezar Silvestri, com a solicitação.

 

“Este é um debate que sempre fez parte das reivindicações dos trabalhadores do Ramo Financeiro e, agora que o Congresso Nacional está na discussão, não podemos nos furtar de dar a nossa contribuição. Como bancários, conhecemos a realidade vivida no dia-a-dia e queremos fazer a nossa parte para garantir uma relação justa entre bancos e clientes”, afirmou Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.

 

A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara está discutindo o abuso das tarifas bancárias a pedido dos deputados Chico Lopes (PCdoB-CE) e Ivan Valente (Psol-SP). Os deputados argumentam que as tarifas dos bancos tiveram sucessivos aumentos desde 1994, encarecendo a manutenção das contas correntes. Eles lembram que esses aumentos representam quase a metade das queixas sobre os bancos nos órgãos de defesa do consumidor.

 

Chico Lopes citou um levantamento da Consultoria Austin Ratings segundo o qual a contribuição das tarifas para as receitas totais dos bancos, que era de apenas 6,5% em 1994, subiu para 17,68% em 2006. Esse resultado, de acordo com o parlamentar, só pôde ser obtido com o aumento dos valores das tarifas.

 

“Vale lembrar que se compararmos a evolução das tarifas com a folha de pagamento, as discrepâncias são ainda maiores. Hoje os bancos cobrem pelo menos 1,5 vez as despesas com o funcionalismo somente com o que arrecadam com tarifas. No caso do Itaú, por exemplo, os ganhos com as taxas é duas vezes maior que a despesa com os bancários”, alertou Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf-CUT

 

Fonte: Contraf-CUT

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram