(São Paulo) Foi a maior paralisação em bancos privados nos últimos anos. Em todo país, os trabalhadores protestaram contra as demissões.
Na capital paulista, cerca de 200 trabalhadores pararam em sete agências do HSBC. No Grande ABC, o protesto atingiu 11 agências com retardo de uma hora na abertura desta manhã. Ainda no estado de São Paulo, ocorreram paralisações e atividades em Guarulhos, Assis, Catanduva e Campinas. Em outros locais, como Barretos e Bebedouro, não houve paralisação, mas os sindicatos realizaram atividades nas portas dos bancos e distribuíram Carta Aberta à população.
Em Curitiba, onde fica a sede do HSBC no Brasil, houve paralisação durante todo o dia em seis agências. Ainda no Paraná, Londrina, Cornélio Procópio e Apucarana tiveram fechamento de agências o dia todo. Em Campo Mourão, Guarapuava, Arapoti, Paranavaí, Toledo e Umuarama ocorreram manifestações com distribuição de carta aberta aos clientes.
Em Belo Horizonte, pararam quatro agências durante todo o dia. Em Juiz de Fora as agências só voltaram ao meio-dia. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, agências de Itaguaí, Três Rios, Nova Friburgo, Campos dos Goytacazes e do Sul Fluminense sofreram paralisação de duas a quatro horas.
As agências mais movimentadas do HSBC foram pararam por três horas em Brasília. Em Dourados houve retardo de duas horas a abertura da única agência na cidade. Já o Seeb do Mato Grosso realizou panfletagens nas agências.
Em Porto Alegre, Pelotas e Alegrete, todas no Rio Grande do Sul, os trabalhadores distribuíram a carta aberta à população e realizaram ato em frente às principais agências. Na capital gaúcha, a paralização foi de 24 horas e ninguém entrou nas agências. Já em Blumenau e Criciúma agências pararam até o meio-dia.
Na Bahia, em Salvador, a sede regional do banco, no Iguatemi, parou parte do dia. Já em Vitória da Conquista (BA), houve atividades e distribuição da carta. Ainda no Nordeste, as agências ficaram fechadas por parte do dia em João Pessoa, Campina Grande (Paraíba) e Teresina (Piauí).
Na região Norte, em Rondônia houve paralisação das atividades das agências Centro do HSBC de Porto Velho e de Ji-Paraná. Foi realizada panfletagem em frente às agências de Belém (PA) e Boa Vista (RR).
As atividades integram o Dia Nacional de Luta dos Bancários do HSBC, definido pela Comissão de Organização dos Empregados contra as demissões iniciadas na última quinta-feira, contabilizando até o momento cerca de 400 desligamentos.
A orientação da COE/HSBC é para que os protestos prossigam, com manifestações e distribuição de carta aberta alertando aos clientes de que as demissões não são compatíveis com atendimento de qualidade e frisando a necessidade de se reverter os desligamentos, como forma de melhorar as condições de trabalho dos funcionários, bem como a prestação de serviços à população. “Isso é só o começo. Teremos manifestações nos próximos trinta dias e novas paralisações”, afirma Sérgio Siqueira, diretor da Contraf-CUT e funcionário do banco. “Vamos lutar até reverter as demissões injustas realizadas pelo banco”, sustenta.
Fonte: Contraf-CUT, com informações de sindicatos e federações