O presidente da Cabesp, Eduardo Prupest, atropelou a democracia na assembleia realizada na tarde do último sábado, dia 30 de abril, no Esporte Clube Banespa, em São Paulo. Pela primeira vez, ele abriu a coleta de votos para as propostas no início dos trabalhos, antes das exposições dos diretores e dos debates com os associados.
“No auge do autoritarismo da presidência da Cabesp, a votação foi iniciada antes das exposições. Nessa confusão, as proposições se voltaram para novos reajustes do PAP e do PAFE, que acabaram aprovados”, criticou o presidente da Afubesp, Paulo Salvador.
Desta forma, os associados que possuem dependentes no PAP e PAFE terão a partir de agora reajustes anuais pela variação do INPC dos 12 meses anteriores. Até agora, os reajustes eram definidos de acordo com a situação de cada plano.
O reajuste do PAP foi aprovado por uma diferença de 14 votos (834 a favor e 820 contra), enquanto o do PAFE foi referendado por maioiria de 65 votos (858 a favor contra 793).
Também foram aprovadas as contas do exercício de 2010 e a previsão orçamentária para 2011, assim como os regulamentos para a inclusão de companheiro do mesmo sexo e a ampliação dos medicamentos nos subsídios para assistência à saúde.
“Os associados voltaram a reclamar da carência de credenciamentos no interior de São Paulo e da manutenção da cobrança da coparticipação nos exames e consultas, apesar do superávit de R$ 362 milhões em 2010”, afirmou o secretário de imprensa da Contraf-CUT e diretor da Afubesp, Ademir Wiederkehr.
Participaram da assembleia 538 associados, representando 1.703 votos.
A Cabesp terminou o ano passado com 110.116 vidas.