(São Paulo ) A Contraf-CUT enviou, nesta quinta, ofício ao governador da Bahia, Jaques Wagner, pedindo audiência para expor a prática danosa que vem sendo adotada pela direção do Banco do Brasil de terceirização nas centrais de atendimento (call center), como a que deve ser instalada no Estado, segundo notícias divulgadas.
Afirma o documento: …”A notícia da instalação de um call center do Banco do Brasil no Estado da Bahia, fruto de convênio entre as partes, nos alegra porque significa a criação potencial de aproximadamente 5 mil novos postos de trabalho. Porém, também muito nos inquieta a prática que vem sendo adotada pela atual direção do banco, de terceirização, com precarização das condições de trabalho, baixos salários, assédio moral, adoecimentos e alta rotatividade. Na contramão dos objetivos declarados pelo governo popular do presidente Lula, de combater a terceirização na máquina pública e nas empresas em que tem controle, como o BB.
O que o movimento sindical reivindica é que sejam criados postos de trabalho com qualidade e que um banco público como o BB cumpra sua função social e valorize os trabalhadores. Um dos meios de fazer isso é contratar bancários aprovados em concursos já realizados, com todos os direitos da categoria…”
Mais denúncias – Nos próximos dias a direção da Contraf e dos sindicatos continuarão a denunciar a prática da terceirização no BB. Será procurado o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que declarou nesta semana que o governo tem o compromisso de acabar em quatro anos com contratos de terceirização no serviço público. “Não é possível entender como a direção do BB age na contramão dos objetivos declarados pelo governo. Será que eles acham que ainda estão no governo dos tucanos, que tentou destruir a máquina pública, terceirizou, criou empregados com menos direitos nos bancos públicos?”, questiona William Mendes, diretor de imprensa da Contraf-CUT e funcionário do BB.
Fonte: Contraf-CUT