A Polícia Federal regulamentou, via portaria, o uso de armas não-letais para os cerca de 410 mil vigilantes de todo o país. A categoria tem quase o mesmo contingente de policiais militares, 411 mil, segundo o Ministério da Justiça. Os seguranças, no entanto, terão de fazer um curso específico para o uso do armamento.
A portaria determina ainda que armas de calibres 32 e 38 só podem usar os vigilantes que trabalham em bancos, fazem transporte de valores ou escolta armada de caminhões de carga. Mas todos vão poder agora usar armas não letais, antes exclusivas da polícia e guardas municipais, entre elas o spray de pimenta, as algemas e a pistola de choque. Todo esse material só entra no Brasil com autorização do Exército e o uso é fiscalizado pela Polícia Federal.
A pistola de choque, por exemplo, usa uma munição com alcance de até dez metros.
– Nesse disparo saem dois feixes, que é positivo, negativo, como se fosse um anzol, que vai pegar no teu corpo e vai paralisar seus músculos voluntários. Os involuntários, coração, pulmão, que causa morte, ela não para – explica o empresário Flávio Sandrini.
Além do curso de formação, que é obrigatório, os vigilantes vão ter que fazer também um curso específico.
– Visa melhorar o treinamento dessas pessoas já que esse armamento não-letal é feito para não causar dano, mas deve ser bem utilizado para atingir essa finalidade – afirma o delegado da Polícia Federal, Guilherme Lopes Madarena.