Nesta quarta-feira, dia 20 de dezembro, o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região está paralisando as atividades das principais agências do Santander, que ficam no centro da Capital. O protesto é contra a implantação da reforma trabalhista, em que a instituição está impondo aos bancários mudanças no banco de horas e fracionamento de férias, além de alterações na data do pagamento dos salários e do 13º salário.
Segundo o presidente do sindicato, Edvaldo Barros, o banco espanhol vem adotando essas medidas unilaterais e até inconstitucionais, sem consultar as entidades sindicais, como: forçando os funcionários a assinarem um Acordo Individual de Banco de Horas Semestral, que pela Constituição só pode ser feito por Acordo ou Contrato Coletivo.
"O sistema financeiro não pode simplesmente implantar a reforma trabalhista. A direção do Santander precisa entender que qualquer acordo tem que ser negociado com a representação dos trabalhadores. Vamos cobrar do banco este respeito e a revogação imediata dessas medidas", ressaltou o presidente do sindicato, Edvaldo Barros.
O protesto nas agências do Santander está ocorrendo em todo o Brasil nesta quarta-feira. Além da implantação da reforma trabalhista, os bancários também protestam contra demissões arbitrárias e metas abusivas e inatingíveis, que estão levando os funcionários ao estresse e ao adoecimento.
O Santander foi um dos bancos que mais lucrou neste ano: no acumulado de janeiro a setembro de 2017, o lucro foi de R$ 7,201 bilhões, crescimento de 34,6% em relação aos nove primeiros meses de 2016.