A Contraf-CUT e o Coletivo Nacional de Segurança Bancária participam nesta quarta-feira, dia 10, às 9h, da 78ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos da Segurança Privada (CCASP), nas dependências da Polícia Federal (PF), em Brasília. Mais de 500 processos movidos pela PF, dos quais 356 contra bancos, serão julgados pelos representantes das entidades que integram a CCASP por descumprimento da legislação de segurança. A reunião contará com a participação do secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
“O Bradesco, apesar de toda sua propaganda de que é completo, é o banco com maior número de processos, na sua maioria por transporte irregular de valores”, destaca o representante da Federação dos Bancários do RS, Ademir Wiederkehr. Também há autuações contra Itaú, Unibanco, Santander, HSBC, Real, Banrisul, Safra, Mercantil do Brasil, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Nossa Caixa, o que confirma o descaso dos banqueiros com as normas de segurança e proteção da vida de bancários, vigilantes e clientes.
Outras irregularidades gritantes, constatadas pela PF, são a ausência de plano de segurança, a falta de vigilantes, o não fornecimento de coletes à prova de balas, o alarme inoperante e o impedimento ao acesso de policiais para a fiscalização das agências.
As penalidades propostas pela PF vão desde multas até a interdição de estabelecimentos.
Mudança da legislação
“Outra prioridade é verificar junto à Polícia Federal o andamento do trabalho de elaboração do projeto de lei do Estatuto da Segurança Privada, a ser enviado ao Congresso Nacional, para atualizar a lei federal 7.102, de 1983”, afirma o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Daniel Reis. “Queremos mudança na legislação, que hoje se encontra obsoleta, com ampliação das medidas de segurança para prevenir assaltos e seqüestros e garantir a integridade física e psicológica de trabalhadores e usuários dos bancos”, ressalta.
