(São Paulo) Após as inúmeras etapas do Projeto Assédio Moral na Categoria Bancária: uma experiência no Brasil”, as entidades organizadoras partem agora para sistematização de todo material produzido em dois anos de atividades.
Nesse período, foram realizados seminários de sensibilização a dirigentes sindicais e distribuição de cartilhas em todo o país. Além disso, foram aplicadas pesquisas nas bases sindicais para apurar a incidência de práticas de assédio moral no ambiente do trabalho, cujos dados apontam para elevado índice de adoecimentos mentais entre os trabalhadores dos bancos: 60,72% sentem-se nervosos, tensos ou preocupados. Outros sintomas apresentados são cansaço, tristeza, insônia, dor-de-cabeça.
“Desde o início, o nosso objetivo foi mostrar a ocorrência do assédio moral nos bancos, a qual está diretamente ligada à imposição de metas pelas chefias. Mostramos aos bancários, a necessidade de denunciar tais posturas, bem como a importância da vivência em grupos como forma de coibir as práticas do agressor. Com a pesquisa, constatamos a real dimensão do problema, o que, juntamente com os debates, nos deu subsídio para propor melhorias nas legislações vigentes, no sentido de penalizar o assediador”, relata a diretora da FETEC/CUT-SP, Crislaine Bertazzi.
A dirigente explica que o próximo passo do projeto será o lançamento nacional da pesquisa, para o qual os organizadores solicitam registros produzidos pelos sindicatos durante as várias atividades, como por exemplo fotos e artigos de jornal. Os materiais devem ser enviados à FETEC SP, até 16/05 – terça feira – por e-mail – [email protected].
O Projeto Assédio Moral, encaminhado pelo movimento sindical bancário, conta com coordenação do Sindicato dos Bancários de Pernambuco e Região e parceria do FIG – Fundo para a Igualdade de Gênero, do Canadá.
Fonte: Lucimar Cruz Beraldo – Fetec CUT/SP