Sem sinal de avanços, greve da categoria completa 15 dias com 56 agências paralisadas na Zona da Mata e Região

A luta continua e os banqueiros são os responsáveis por essa greve; única alternativa para os bancários serem ouvidos. Nesta terça-feira (20), foram 56 agências sem atendimento na Zona da Mata e Região.

Não existe ainda nenhum sinal de negociação entre a categoria e os bancos, com isso hoje está completando 15 dias de movimento paredista. Os bancos propõem valores rebaixados e ignoram as reivindicações sociais dos bancários. A desculpa? A crise!

Mesmo apresentando lucros expressivos, os cinco bancos fecharam mais de 13.600 postos de trabalho em relação ao mesmo período de 2015 e, juntos, fecharam 422 agências bancárias. Em plena crise econômica os cinco maiores bancos brasileiros (Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) somados apresentaram, no primeiro semestre de 2016, o lucro líquido de R$ 29,7 bilhões.

Uma assembleia organizativa está marcada para esta quarta-feira (21) na sede social do Sintraf JF. No entanto, não existe nenhuma contraproposta a ser avaliada e a greve continua ganhando força.

Greve na Região

As paralisações também seguem nas cidades de Cruzília, Bicas, Bom Jardim de Minas, Coronel Pacheco, Rio Preto, Matias Barbosa, São João Nepomuceno, Lima Duarte, Liberdade, Mercês, Andrelândia, Guaxupé e Muzambinho.

A greve é por salário?

Não! A greve é contra a desvalorização salarial, mas também luta pelo fim das metas abusivas, assédio moral, péssimas condições de trabalho, a onda de demissões, entre outros problemas que atingem a categoria e acabam afetando a população.

Perdem os Bancários, perde a população

A população só tem a perder com a ganância dos banqueiros. As taxas e tarifas altíssimas cobradas pelos bancos são suficientes para pagar todos os funcionários e ainda sobra dinheiro. Para se ter uma ideia, os juros do cheque especial chegaram a 318,4% ao ano. No cartão de crédito, os números são ainda piores, com taxa de juros de 470,7% ao ano.

Mais lucro, menos emprego

Enquanto o lucro se encontra nas alturas, o emprego só diminui. Os cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) lucraram R$ 29,7 bilhões no primeiro semestre de 2016, mas, por outro lado, houve corte de 7.897 postos de trabalho nos primeiros sete meses do ano. Entre 2012 e 2015, o setor já reduziu mais de 34 mil empregos.

Campeões em mau atendimento

Quem depende dos bancos, sabe: filas imensas, falta de funcionários, problemas com a falta de segurança, entre tantos outros. No ranking das maiores reclamações entre os consumidores brasileiros, o sistema financeiro ocupa a segunda posição.

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