Bancárias e bancários combatem discriminação no sistema financeiro
Dentro de sua programação especial para homenagear as bancárias e as trabalhadoras do ramo financeiro, o Sindicato dos Bancários de Brasília percorreu nesta quinta-feira (8) agências das regiões administrativas de Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Águas Claras, Sobradinho e Planaltina para cobrar igualdade de oportunidades nos bancos. Os dirigentes sindicais também distribuíram materiais com a programação do mês de março, e denunciaram a discriminação salarial entre mulheres e homens no ramo financeiro.
“Essa atividade teve o objetivo de externar os problemas vividos pelas companheiras e prestar uma justa homenagem àquelas que fazem o nosso país crescer”, afirma o presidente do Sindicato, Rodrigo Britto.
Pesquisa da subseção do Dieese na Contraf-CUT, feito com base em dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), revela que as mulheres bancárias ganham em média 24,10% a menos do que os homens, apesar de serem mais escolarizadas.
Discriminação
Nos bancos privados, a disparidade de salários de mulheres e homens é maior. Neles a remuneração das mulheres é 29,92% inferior à dos homens, enquanto, nos bancos públicos, a diferença salarial média entre homens e mulheres é de 15,25%.
Nos bancos, as mulheres ocupam 48,48% do total de postos de trabalho, totalizando 234.203 mulheres empregadas. Nos bancos públicos, as mulheres representam 42,97% dos empregados e, nos bancos privados, são maioria entre o total de trabalhadores (53,05%).
“Com nossas ações, exigimos que os bancos acabem com a discriminação salarial entre homens e mulheres”, destaca a diretora do Sindicato, Talita Régia.