Estarão em debate temas como saúde do trabalhador e segurança bancária
Nesta quinta-feira (27), às 14h30, em Brasília (DF), o Comando Nacional dos Bancários e a Caixa Econômica Federal iniciam as negociações da pauta específica de reivindicações da Campanha Nacional 2015. Estarão em debate temas como saúde do trabalhador e segurança bancária, com ênfase para a melhoria das condições de trabalho em todas as unidades do banco. A Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) assessora a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e o Comando Nacional nas negociações com os representantes da empresa.
A pauta específica dos empregados da Caixa possui itens relacionados à saúde do trabalhador, condições de trabalho, Funcef e aposentados, fim do assédio moral, Saúde Caixa, jornada de seis horas e isonomia, entre outros. Outras prioridades são contratação de mais empregados, fim do programa Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), combate ao assédio moral e sexual, fim das metas abusivas, garantia do Saúde Caixa aos aposentados – inclusive para os que saíram pelo PADV, fim do voto de Minerva na Funcef, imediata incorporação do REB ao Novo Plano, fim da restrição de dotação orçamentária para horas extras e extensão da licença-prêmio e do anuênio para todos os admitidos a partir de 1998.
Nas reivindicações sobre o tema saúde, os destaques são o pagamento do adicional de insalubridade para tesoureiro e caixa, o combate aos assédios moral e sexual e a todas as formas de violência organizacional. A Contraf/CUT – CEE/Caixa defende a realização obrigatória de avaliação psicológica do empregado por profissional de sua escolha. Para Fabiana Matheus, coordenada da CEE/Caixa, a luta pelo fim do assédio moral e sexual tem relação direta com a melhoria das condições de trabalho. Um dos principais desafios é avançar nesse quesito.
“Queremos uma Caixa cada vez mais pública, que seja referência no respeito ao cliente/usuário e na relação com seus empregados. Para isso, é fundamental que se acabe com o assédio moral e sexual e que se garanta o pagamento das horas extras e a contratação de mais empregados”, complementa.
Em relação à segurança, os empregados da Caixa exigem a instalação de biombos entre os caixas e a fila de atendimento, vidros de proteção nos guichês de caixa e penhor e a elaboração de plano específico em unidades em áreas de risco. Também estão entre as reivindicações, a extensão da pausa de 10 minutos a cada 50 trabalhados a quem atende público, trabalha com entrada de dados ou faz movimentos repetitivos e a emissão de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) a todos os bancários do estabelecimento na ocorrência de assalto, entre outras.
Para Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Juventude da Contraf-CUT, e representante da Confederação na CEE/Caixa, a mobilização dos empregados é fundamental.
“O nosso abaixo-assinado por mais empregados na Caixa tem recebido o apoio de clientes e da população de todo o País. As melhorias nas condições de trabalho e o combate ao adoecimento dos bancários também passam pela ampliação das contratações. Os empregados estão sobrecarregados e a população sendo mal atendida”, destaca Fabiana Uehara Proscholdt.
A minuta com os pontos definidos durante o 31º Congresso Nacional dos Empregados (Conecef), realizado entre os dias 12 e 14 de julho, em São Paulo (SP), foi entregue à direção da empresa, no último dia 11 de agosto, na capital paulista, ao mesmo tempo em que foi protocolada a pauta geral de reivindicações dos bancários para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
O calendário de debates específicos está definido e prevê rodadas não só para o dia 27 de agosto, mas também para as datas de 4 de setembro (Saúde Caixa, Funcef e aposentados), 11 de setembro (carreira, isonomia e organização do movimento) e 18 de setembro (contratação, condição de funcionamento das agências e jornada/Sipon).