Bancários de Pernambuco debatem PDVE da Caixa e exigem clareza do banco

Nesta quinta-feira(16), empregados da Caixa e a diretoria do Sindicato dos Bancários de Pernambuco debateram as regras do Programa de Demissão Voluntária Extraordinária (PDVE) da empresa. As principais dúvidas recaem sobre a permanência do Saúde Caixa, a manutenção de ajustamentos extrajudiciais relativos aos Acordos Coletivos de Trabalho e a continuidade da contribuição para os Planos de Benefícios da FUNCEF. As questões apresentadas revelam a falta de informações claras e precisas da direção do banco a respeito do termo e a consequente insegurança dos bancários que pretendem aderir ao plano.

O programa apresentado reforça o projeto ultraliberal do governo ilegítimo de Michel Temer. Com a medida, a Caixa segue o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste do Brasil em um movimento para enxugar despesas com pessoal e aproximar sua estrutura administrativa do setor privado.

De acordo com a secretária-Geral do Sindicato, Sandra Trajano, a entidade está trabalhando para que aqueles que desejem aderir ao plano, o façam com segurança.“Estamos aqui para orientar e apoiar os empregados que optarem por validar o acordo para que tenham todos os seus direitos assegurados. O recuo da Caixa no item relativo a quitação plena e geral do contrato de trabalho, por exemplo, foi uma vitória da categoria que pressionou a empresa através de diversas ações judiciais impetradas em vários Estados o país”, afirma.

Na ocasião, a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, garantiu que a entidade realizará novos encontros a fim de orientar os empregados do banco acerca do plano para que sua decisão de aderir ou não ao PDVE seja acertada. “Vamos convidar setores da Caixa para que prestem os devidos esclarecimentos sobre o processo, bem como será colocada à disposição a seção jurídica da entidade para acompanhamento minucioso dos acordos. Também publicaremos de um caderno especial para dirimir todas as dúvidas dos bancários a respeito do programa”, assegura.

Contudo, o debate não se encerrou aí, ampliando-se para questões mais estruturadoras voltadas à classe trabalhadora. “Nos preocupa demais a situação daqueles que permanecem empregados em razão da sobrecarga de trabalho e da desvalorização da mão de obra. E ainda, os rumos à privatização que são dados à Caixa e demais bancos públicos com o processo de desmonte bem acelerado para entrega ao capital internacional”, destaca a presidenta. Ela ressalta que a agenda da categoria inclui ainda a intensificação de campanhas nacionais em defesa dos bancos públicos. “Defender os bancos públicos é o coração de nossa luta porque significa, no âmago, defender o trabalhador e todo povo brasileiro”, conclui.

 

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