(São Paulo) Bancários do BB fizeram, nesta quinta-feira, assembléias e plenárias em todo o país preparando as atividades que ocorrerão nos próximos dias contra a postura que vem sendo tomada pela direção do banco, de lucro a qualquer custo, e o “pacote de maldades”, que inclui demissões, aposentadorias e fechamento de postos de trabalho em todo o país.
Em São Paulo, foi decidido aumentar a mobilização nacional, com atividades nesta sexta e nova assembléia no dia 22 para dar informes da negociação que acontece na próxima segunda-feira com a presença do presidente do BB, Lima Neto, e organizar a paralisação do dia 23. Em Curitiba, também ocorrerá nova assembléia no dia 22. Nos demais sindicatos também ocorreram plenárias e assembléias, cujos resultados não foram informados até o fechamento deste texto.
“Ninguém pode ficar de fora desta luta. A reestruturação vai atingir a todos os funcionários durante a sua implantação”, afirma o secretário de Imprensa da Contraf-CUT, William Mendes. “Esse é um ‘plano’ de esvaziamento do BB em curso, que começou em 2006 e que atingiu os funcionários da Direção Geral e depois se estendeu para as redes de varejo e apoio. O resultado foi trágico para os trabalhadores com a redução de cargos, vagas e substituições”, diz o diretor do Sindicato de São Paulo Ernesto Izumi. “Não descansaremos enquanto o banco não rever seu posicionamento. A reestruturação é um dos maiores ataques ao funcionalismo e a situação chegou a tal ponto que não há outra alternativa a não ser a demissão de todos os integrantes da alta direção do banco”.
Encontro Nacional – No dia 27 de maio ocorrerá, em Brasília, Encontro Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil com a presença de sindicatos de todo o país. O tema principal será os efeitos do pacote de reestruturação lançado pela direção do banco sobre o funcionalismo e as formas de enfrentamento com o banco.
Foi encaminhado também para o Comando Nacional dos Bancários proposta de antecipação do Congresso dos Funcionários do Banco do Brasil. A intenção é discutir o papel do BB na sociedade brasileira. “No entender da Contraf-CUT, o banco está tomando rumo muito perigoso, que foge completamente do que se espera de um banco público”, avalia Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos funcionários do BB. “As medidas da direção do banco vão no sentido de tornar o BB um simples banco de mercado, deixando de exercer seu papel de fomento à produção e à geração de emprego e renda”, sustenta.
Fonte: Contraf-CUT