A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) participa, nesta sexta-feira (3), da VII Plenária Nacional da Federação Única dos Petroleios (FUP), que tem como tema “Petroleir@s pelo Brasil: Reagir, lutar, vencer”, realizada desde quarta-feira, no Rio de Janeiro. O desafio de construir um amplo calendário de lutas contra a privatização do Sistema Petrobrás e do Pré-Sal e pela retomada do projeto popular democrático que foi desmontado pelo golpe, prossegue até domingo (05).
O secretário de Finanças da Contraf-CUT, Sérgio Takemoto, participou do painel “Protagonismo dos trabalhadores frente ao golpe”. “O esvaziamento do papel dos bancos públicos, a diminuição drástica do número de empregados e o alto índice do fechamento de agências mostram o porque dos interesses dos bancos privados em financiar o golpe que vem devastanto o sistema financeiro. É o primeiro passo para a privatização dos bancos públicos, pois fica a imagem para a população de uma empresa ineficiente, frente aos bancos privados. A gente vê que não foi de graça o golpe, financiado pelas grandes empresas”, afirmou.
Para ele, é inadimissivel que num parlamente que tenha mais de 550 deputados, tenha apenas cerca de 100 deputados ligados a causa dos trabalhadores. “É muito pouco. Por isso é fundamental que a gente unifique as nossas ações para enfrentar este momento que estamos vivendo. Nós precisamos fortalecer o parlamento”, completou.
Outros convidados enfatizaram em suas falas que a tarefa primordial da classe trabalhadora organizada e dos movimentos sociais e populares é a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja candidatura será lançada no próximo dia 15 em Brasília. “A luta hoje é ideológica e política. É nós contra eles (os golpistas). Ou nós os derrotamos ou eles nós derrotam. Luta de classe é luta política, é luta ideológica contra a direita”, ressaltou o presidente da CUT, Vagner Freitas.
Ele ressaltou que o imenso apoio popular à candidatura de Lula é a prova de que os trabalhadores estão vencendo o debate ideológico. “Eles (os golpistas) achavam que com Lula preso, nós estaríamos derrotados. O Lula sozinho ganha a eleição no primeiro turno. Por isso, eles ficam tentando incutir na cabeça dos trabalhadores que sindicato não é para discutir política, nem disputar eleição, que sindicato é só para discutir emprego, salário e condição de trabalho. Eles sabem que, se a gente não fizer política, eles fazem e mandam na gente. Temos que disputar todos os espaços de representação dos trabalhadores”, afirmou o presidente da CUT.
“O golpe foi dado no Parlamento, com apoio financeiro e da mídia, porque mais de 400 dos 513 deputados federais são bancados pelos empresários. Eleger Lula é essencial, mas para nós derrotarmos os golpistas, precisamos aumentar a quantidade de trabalhadores representados no Congresso Nacional”, ressaltou Vagner, informando que um dos projetos da CUT é a democratização do Congresso Nacional.