Bancários lembram presidente falecido do Sindicato de Angra dos Reis

Clóvis de Castro Souza, presidente do Sindicato dos Bancários de Angra dos Reis, faleceu na madrugada do último dia 28 de dezembro. Ele estava internado há duas semanas e sofreu falência múltipla dos órgãos, provocada por uma infecção generalizada.

“O movimento sindical perdeu um companheiro de luta que deixa um legado de humildade, simplicidade, comprometimento e representatividade na categoria bancária. Clóvis sempre atuou representando todos os trabalhadores com o mais alto profissionalismo”, destacou Fabiano Júnior, presidente da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo.

O vice-presidente da Feeb RJ-ES, Nilton Damião Esperança, também destacou a postura de Clóvis em sua atuação sindical e como amigo e companheiro de lutas: “Perdemos nosso companheiro, irmão e em alguns momentos até mesmo nosso pai. Clóvis, no tempo que esteve conosco, mostrou simpatia, honestidade, fidelidade e várias outras virtudes, que, se formos enumerar, não conseguiremos listar todas. Quero, neste momento, pedir a todos que rezem e peçam a Deus que ele descanse em paz e siga para o lugar que merece, pois todos sabemos que, se depender da sua passagem aqui na terra, será o melhor lugar possível”, declarou Nilton.

Longa trajetória

Clóvis tinha 60 anos e era bancário da Caixa Econômica Federal desde 1980. Entrou para a direção do Sindicato de Angra dos Reis em 1991, na segunda gestão da jovem entidade, fundada em 1988. Por três vezes foi eleito para a presidência e também ocupou o cargo por meio mandato, completando o período da gestão de Jorge Valverde, com quem vinha se revezando no comando do Sindicato nos três últimos mandatos.

Segundo o amigo Valverde, mesmo doente, Clóvis não descuidou de suas responsabilidades para com os trabalhadores. “As últimas palavras dele, antes de perder a consciência, foram sobre atividades do Sindicato”, relata o dirigente.

A doença que vitimou Clóvis agiu rápido. Há duas semanas ele foi internado com dores na perna e no quadril. Como já havia apresentado problemas no nervo ciático, pensou que se tratava de nova manifestação desta enfermidade.

Por alguns dias o diagnóstico médico foi inconclusivo, até que foram sendo detectadas alterações nos órgãos vitais: fígado, rins, baço, vesícula. Foi submetido a hemodiálise para evitar que a bactéria, já detectada, chegasse ao coração.

Mas não foi possível deter o avanço da doença. Clóvis entrou em coma e veio a falecer.

Fabiano Júnior resumiu bem o sentimento que toma conta de toda a diretoria e funcionários da Feeb RJ/ES: “O sindicalismo e a categoria perderam um dirigente. Nós, da Federação, perdemos um amigo.”

“Clóvis sempre foi um companheiros de todos as lutas e sempre esteve na linha de frente da categoria bancária, onde tinha uma atividade, lá estava o Clóvis com toda sua garra e força. Nunca se dobrou aos poderosos banqueiros”, recorda o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Vinicius Assunpção.

A Contraf-CUT, junto com a Feeb RJ-ES e o Sindicato do Rio, reitera os sentimentos de pesar e solidariedade aos seus familiares, amigos e companheiros do Sindicato de Angra dos Reis.

“A trajetória de Clóvis não foi em vão e o nosso movimento muito cresceu com os exemplos deixados por esse dirigente sindical, sempre comprometido com as lutas da categoria e dos trabalhadores, que orgulha e ilumina a caminhada dos bancários do Rio e do Brasil”, conclui o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

A missa de 7º dia será celebrada nesta terça-feira (3), às 18 horas, na Catedral de Itaguaí, no interior do Estado do Rio.

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