Contra o retrocesso, trabalhadoras ocupam as ruas de todo o país neste dia 8 de março

“Pelo fim da política de retrocesso, contra a Reforma da Previdência, pelo fim da violência de gênero e contra toda forma de discriminação, as mulheres ocuparam as ruas neste dia 8 de março com a tônica de resistir e lutar”, enfatizou Elaine Cutis, secretária da Mulher da Contraf-CUT. Foi com esta determinação e força que as bancárias se uniram às trabalhadoras de diversas categorias do país, no ato nacional pelo Dia Internacional da Mulher, na Praça da Sé, região central da capital.

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A CUT, em parceria com entidades dos movimentos sindical e feminista, ocupou as ruas do Brasil com uma grande mobilização nacional e mais uma vez mostraram a força histórica da luta feminista.

Na ocasião, centenas de mulheres e militantes da CUT, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), do Movimento Sem Terra (MST), Levante Popular da Juventude e Marcha Mundial das Mulheres (MMM), reuniram-se em frente à sede do INSS, no Centro de São Paulo, para protestar contra a Reforma da Previdência.

“Nós, mulheres, mostramos a força da nossa unidade e mobilização no combate às reformas propostas por Temer, que estão em pauta no Congresso mais reacionário dos últimos tempos, pois propõem a retirada de direitos trabalhistas, prejudicando principalmente as mulheres, que enfrentam dupla jornada e lideram o mercado informal de trabalho”, destacou Elaine.

As atividades de todo o país tiveram o objetivo de esclarecer a população contra os prejuízos que as mulheres e todos os trabalhadores terão com a Reforma da Previdência, Trabalhista e a aprovação do PL da terceirização sem limites.

Desigualdade de gênero

As mulheres têm salários menores, trabalham mais, não têm oportunidades de promoção iguais aos dos homens. Além disso, elas estão nos empregos mais precários e ainda são elas, na grande maioria das vezes, as responsáveis pelos cuidados com a família e as tarefas domésticas. A desigualdade de gênero na sociedade e no mundo do trabalho impacta diretamente na aposentadoria, mas foi ignorada quando as novas regras foram pensadas na proposta de Reforma da Previdência enviada ao Congresso Nacional. 

As mulheres serão as principais afetadas com a proposta que desvincula o salário mínimo do benefício, equipara a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres e aumenta o tempo mínimo de contribuição de 15 para 25 anos. Se quiser receber o benefício integral, a trabalhadora ou o trabalhador terá que contribuir durante 49 anos pelo teto do INSS.

Com a terceirização e reforma trabalhista, a precarização vai se impor, ao acabar com férias de 30 dias, aumentar a jornada, ampliar indefinidamente os contratos de trabalho temporário, tirar até os direitos ao FGTS e ao seguro desemprego da classe trabalhadora e regular a terceirização para todas as atividades.

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