(São Paulo) A Campanha Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro entra numa fase decisiva a partir de agora. Nesta semana que vai de 10 a 14 de setembro, os bancários e a Fenaban realizam o penúltimo bloco de negociações e iniciam as discussões específicas com os bancos.
“Agora é hora de pressionar e para isso precisamos crescer a mobilização. Esta é a terceira semana temática da nossa Jornada de Lutas e temos que brigar muito para arrancarmos as conquistas que queremos nesta Campanha. Além das discussões sobre os temas previstos neste bloco de negociações, também vamos continuar os debates com a Fenaban sobre as cláusulas econômicas. Queremos uma proposta de reajuste já”, afirma Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.
O tema das negociações deste terceiro bloco e da semana temática é o emprego. Entre as cláusulas prioritárias sobre o tema que integram a minuta dos bancários está a garantia no emprego, com o cumprimento da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Os bancários também querem garantias contra dispensas imotivadas, combate à terceirização e a ampliação do horário de atendimento, com a abertura das agências das 9h às 17h e a criação de dois turnos de trabalho.
“Estas são as bandeiras que os sindicatos devem trabalhar durante a semana nas atividades promovidas com os bancários na Jornada de Lutas. Os dirigentes sindicais devem utilizar toda a criatividade para preparar as mobilizações e os trabalhadores devem participar massivamente”, destaca Vagner. A Contraf-CUT já disponibilizou a arte do cartaz com os eixos da terceira semana temática. Os sindicatos podem baixar a imagem em jpg na parte de downloads do site, dentro da área restrita.
Depois dos quatro blocos de negociações com a Fenaban e das quatro semanas temáticas, a Jornada de Lutas vai culminar com uma série de reuniões com autoridades em Brasília. Ao todo, a Contraf-CUT solicitou dez audiências, sendo que o senador Paulo Paim, presidente da Subcomissão Permanente do Trabalho e Previdência do Senado, já confirmou. A reunião será no dia 27 de setembro, às 9h. Em pauta a bancarização, precarização do trabalho, convenção 158 da OIT e interdito proibitório.
Além de Paim, a Contraf solicitou audiência com Guido Mantega (ministro da Fazenda), Carlos Lupi (ministro do Trabalho e Emprego), Tarso Genro (ministro da Justiça), Carlos Lacerda (diretor geral da Polícia Federal), Henrique Meirelles (presidente do Banco Central do Brasil), Aloizio Mercadantes (presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal), Cezar Silvesti (presidente da Comissão de Defesa do Consumidor Câmara dos Deputados), Cláudio José Montesso (presidente da Anamatra) e Raphael de Barros Monteiro Filho (presidente do Superior Tribunal de Justiça).
Fonte: Contraf-CUT
