Retomada da jornada com mobilização. Foi assim o Dia Nacional de Luta dos Trabalhadores do Santander e Real, que retardou nesta quarta-feira, dia 20, a abertura de inúmeras agências em todo país. Os bancários protestaram contra a intransigência do banco espanhol e cobraram a retomada das negociações para a melhoria do aditivo à convenção coletiva e a apresentação de uma proposta digna para o Programa de Participação nos Resultados (PPR). A última rodada ocorreu no dia 22 de dezembro.
A Contraf-CUT está fazendo um levantamento completo das atividades. A mobilização foi aprovada na plenária nacional de dirigentes sindicais do Santander e Real, ocorrida no último dia 12, em São Paulo. Além das paralisações, os sindicatos distribuíram a última edição do jornal Sindical.
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“Os trabalhadores mandaram o seu recado para a direção do Santander. Ou o banco melhora a proposta de aditivo e apresenta um PPR justo, ou então as mobilizações serão intensificadas em todo país. É inaceitável que haja dinheiro sobrando para gastar com marketing e não tenha mais recursos para investir no maior ativo do Santander, que são os seus funcionários”, afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.
Acordo Marco Global
Os bancários também apoiaram a iniciativa da UNI Finanças, o sindical mundial dos trabalhadores do setor financeiro, que reivindica um Acordo Marco Global com o Santander. Uma campanha mundial, incluindo também o HSBC, será lançada nos dias 17 e 18 de março, em São Paulo, conforme decisão ratificada em reunião ocorrida na última quinta-feira, dia 14, em Madri.
O Acordo Global visa assegurar direitos fundamentais para os trabalhadores, independentemente dos países onde se encontram estabelecidos, como o direito à organização em sindicatos sem ingerência patronal e o direito à sindicalização, o que significa que nenhum trabalhador poderá sofrer retaliações, repressão e discriminações.
Também são objetivos do Acordo Global: firmar compromisso do Santander e HSBC em respeitar a legislação de cada país, assegurar negociação coletiva e diálogo social permanente em todos os níveis e combater as práticas anti-sindicais e a precarização do trabalho. “Com todas essas premissas, queremos que as instituições pratiquem com os seus trabalhadores a responsabilidade social que têm alardeado nas suas propagandas milionárias”, destaca Ademir.