Dois executivos do Citigroup pediram desculpas publicamente pela crise financeira e pelo colapso do banco, que requereu ajuda de US$ 45 bilhões do governo americano. No entanto, ambos, pessoalmente, se isentaram da culpa de tudo o que aconteceu.
“Deixe-me começar pedindo desculpas. Eu sinto que a crise financeira tenha tido tal impacto devastador em nosso país”, afirmou o diretor executivo do banco, Chuck Prince, à comissão federal que investiga as causas da crise.
Logo depois, o ex-secretário do Tesouro dos EUA e ex-presidente do conselho do grupo financeiro, Robert Rubin também expressou arrependimento pela falência da empresa e pela sua falta de habilidade em perceber a chegada da crise.
Ambos, por outro lado, tentaram se isentar dos fatores que originaram a crise, afirmando que não tinham noção, até setembro de 2007, da exposição do banco ao risco e acreditavam, inclusive, que os riscos de falência eram mínimos.
Os executivos deram ênfase ainda nas responsabilidade dos órgãos reguladores, que falharam. “Eu acho que os erros foram cometidos por todo mundo (…) e fundamentalmente foram cometidos pelos reguladores”, afirmou Prince.
Rubin acrescentou que os erros cometidos pelo Citigroup e outras instituições mostram a necessidade de que as autoridades revisem a regulação dos mercados financeiros.