Os caixas eletrônicos instalados em supermercados estão sendo o principal alvo dos criminosos em São Paulo. Nos 89 ataques a esses equipamentos registrados este ano, na capital e região metropolitana, 32 aconteceram em mercados e 18 em agências bancárias.
Outros casos aconteceram em farmácias e postos de combustíveis. Na maioria dos casos, os bandidos usam explosivos para arrombar os equipamentos. Em seguida, vem o uso de ferramentas, como o pé-de-cabra.
No domingo, dia 24, mais duas ações foram registradas. Em Itanhaém, no litoral de São Paulo, os bandidos explodiram um caixa eletrônico instalado do lado de fora de um mercado. De acordo com testemunhas, os bandidos levaram apenas dois minutos para explodir o caixa.
Mas uma parte do dinheiro foi deixada no local, já que o dispositivo antifurto manchou as notas com tinta rosa. O roubo aconteceu por volta de 4h20m da madrugada de domingo. Parte da fachada do supermercado foi destruída.
Na Zona Leste de São Paulo, no bairro de Artur Alvim, bandidos usaram explosivos para arrombar três equipamentos instalados em uma agência bancária também na madrugada deste domingo. Os caixas eletrônicos ficaram danificados, mas os criminosos fugiram sem levar o dinheiro.
A Associação Comercial de São Paulo já recomendou aos pequenos comerciantes, como mercados, padarias e bares, que retirem os caixas eletrônicos de seus estabelecimentos.
O presidente da Associação Comercial, Rogério Amato, disse que o assunto foi levado à Associação pelos membros. No interior, são 420 associações que representam 250 mil estabelecimentos. Na capital, há 15 associações, representando 30 mil associados.
“Chegamos a uma consenso de que os caixas devem ser retirados de estabelecimentos comerciais onde os equipamentos ficam muito expostos e onde há pouca segurança”, disse Amato.
Ele disse que muitos estabelecimentos estão cobrindo os caixas com lonas pretas, como prevenção, ou encerrando o contrato com os bancos. Ele não soube precisar quantos estabelecimentos possuem caixas eletrônicos no estado, mas acredita que em breve 10% dos que têm o equipamento deixarão de oferecer o serviço.
“É triste para o comerciante e para o cliente. É frustrante deixar de oferecer uma comodidade”, afirmou Amato.