Sindicato dos Bancários do Rio completa 87 anos com o desafio de organizar a resistência contra ataques aos direitos

Em 17 de janeiro de 1930, há 87 anos, era fundado o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, inicialmente com o nome de Federação dos Bancários do Brasil, com sede na Avenida Rio Branco, 151. O Rio de Janeiro era a capital federal. Nascia ali, uma das mais importantes entidades sindicais do país, sempre à frente de grandes lutas específicas da categoria e também das mobilizações mais gerais dos trabalhadores.

Ao longo deste quase um século, inúmeros direitos foram conquistados através de grandes mobilizações, desde a jornada de trabalho de seis horas, em 6 de julho de 1933, e o piso salarial, passando pela extinção do trabalho aos sábados, em 1962, a instituição do auxílio-refeição em 1970 e tantas outras, até a criação da PLR em 1995 e a 13ª cesta-alimentação, em 2007. Outras importantes conquistas foram a campanha salarial unificada e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Por sua posição combativa, o Sindicato sofreu várias intervenções determinadas pelo governo federal, como em 1937, 1947 e 1949, e após o golpe de Estado de 1964.
 

Resistência, hoje

Em agosto de 2016, com o impeachment de Dilma Roussef, assume seu vice, Michel Temer, num golpe de Estado institucional, combatido pelo Sindicato e todo o movimento sindical. O novo governo anuncia uma série de medidas que reduzem drasticamente os direitos dos trabalhadores. Entre elas, o corte brutal de recursos públicos da saúde, educação, habitação e saneamento (PEC 55); as reformas da Previdência e trabalhista; o projeto que acaba com qualquer restrição à terceirização; ainda, proposta que prevê a prevalência do negociado sobre o legislado; mudanças na jornada de trabalho com possibilidade de extensão até 12 horas; e a entrega do pré-sal às multinacionais.

A presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Adriana Nalesso, frisa que este é o momento dos bancários, com outros setores da sociedade, organizar a resistência a estes ataques, que visam a beneficiar grandes empresas, sobretudo os bancos.

"As propostas apresentadas por este governo ilegítimo e golpista, nos lembram fatos semelhantes do passado, que os trabalhadores souberam enfrentar com resistência e luta. Este é o desafio do Sindicato neste momento em que completa 87 anos", afirmou. E acrescentou: "Precisamos mais do que nunca defender nossos direitos, contra os abusos desses que dizem estar ao lado do povo, mas que na verdade representam interesses de latifundiários, banqueiros e industriais. Não há dúvida disso. Basta olharmos as propostas do governo que estão em discussão nesse momento, no Congresso Nacional, todas em prejuízo dos nossos direitos e em benefício dos ricos", disse.

 

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