(Rio) Os bancários estão sendo mantidos presos na agência do Unibanco que fica no nº 123 da Avenida Rio Branco, no centro do Rio. Por pressão do gestor, os trabalhadores são obrigados a chegar para o trabalho às 5h30 da manhã, para burlar a greve, e só são liberados no final do expediente.
Durante todo o dia ficam impedidos de sair da agência, inclusive sem permissão para ir almoçar ou fazer um lanche. E o tempo entre sua entrada e o início do expediente não é contado, já que não podem bater ponto no momento que entram nas dependências do banco.
“Isto configura cárcere privado. E ainda tem o assédio moral que é usado para coagir os bancários a chegarem muito antes de seu horário de trabalho”, denuncia Glória Azevedo, diretora do Sindicato dos Bancários do Rio.
A entidade já encaminhou ofício à DRT solicitando uma fiscalização do local de trabalho, para que o banco seja punido e proibido de praticar esta violência contra seus empregados.
ABN/Real
Diante da atitude de um segurança do ABN Real que, em todos os dias da greve, chamava a polícia para forçar a abertura do prédio administrativo do banco, os dirigentes sindicais endureceram o movimento. Diariamente, os sindicalistas deixavam entrar gestores, mulheres grávidas e os funcionários que levavam o lanche dos empregados. Só que, alguns minutos mais tarde, a polícia chegava e todos os bancários que estavam na porta acabavam constrangidos e entravam no prédio. Mas, ontem, até as 9h30, nem estes puderam entrar. Somente com a chegada da polícia a unidade foi aberta.
A estratégia de intimidação do ABN Real, que usa a polícia para forçar a abertura, foi derrubada de maneira criativa: o protesto foi montado por uma única pessoa, funcionária do sindicato, já muito idosa. Nenhum dirigente ficou perto da entrada do prédio e, quando a PM chegou, não teve argumento para usar de sua habitual truculência contra uma figura tão frágil.
Fonte: Feeb RJ/ES