(São Paulo) A Contraf-CUT orienta os sindicatos filiados a rejeição da proposta de programa próprio de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) apresentada pelo Banco Mercantil do Brasil (BMB). A Comissão de Organização dos Empregados (COE) reuniu-se nesta segunda-feira, dia 11, na sede da Contraf-CUT, e decidiu não assinar o acordo.
“Depois de um amplo debate, a COE se posicionou contra a proposta do BMB. Vamos tentar retomar as negociações com o banco para garantirmos uma PLR construída em conjunto com os bancários. Também discutimos na reunião um plano de ação para ampliarmos a mobilização e pressionar o BMB a atender nossas reivindicações”, comentou Carlindo Abelha, secretário de Organização da Contraf-CUT.
O BMB apresentou sua proposta de PLR ao movimento sindical no dia 18 de maio. O programa que o banco pretende implantar prevê o pagamento de múltiplos salariais condicionado ao atingimento de metas. “A avaliação dos sindicalistas foi de que o programa de remuneração do banco vai aumentar o assédio moral e pode servir de justificativa para demissões. As metas já são absurdas e aumentá-las vai piorar muito a pressão sobre os bancários”, explicou Abelha.
Segundo o dirigente, a proposta do BMB chega a ser obscena quando o banco limita o pagamento da PLR para somente o caso de o lucro líquido da empresa alcançar R$ 40 milhões em 2007. “A meta é praticamente impossível de ser alcançada, uma vez que o banco teve um lucro de aproximadamente R$ 20 milhões no ano passado. Ainda há um agravante: o BMB quer descontar o valor que vier a ser pago com o programa próprio da PLR da Convenção Coletiva Nacional”, destacou Abelha.
A Contraf-CUT vai promover uma consulta aos bancários do BMB sobre o que o funcionário acha da proposta de PLR. Também vai publicar materiais informativos e organizar um levantamento mais aprofundado dos problemas por que passam os bancários do BMB.
A próxima reunião da COE vai ocorrer na segunda quinzena de julho.
Fonte: Contraf-CUT
