Contraf-CUT participa de reunião dos ramos da CUT

A Contraf-CUT participou, nesta quinta-feira (20), em São Paulo, da reunião entre os ramos da CUT para definir uma estratégia de luta conta a reforma trabalhista. Durante o encontro, todos os ramos expuseram suas iniciativas de enfrentamento ao novo cenário do mundo do trabalho.

Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, contou que a categoria bancária se prepara para a sua 19ª Conferência Nacional, que será realizada entre os dias 28 e 30 de julho, em São Paulo. Normalmente, o evento é responsável pela minuta de reinvindicações, apresentada na sequência para a Fenaban.

Neste ano, segundo Roberto, devido ao acordo de dois anos conquistado em 2016, os bancários vão debater as ações da categoria frente conjuntura adversa. “Temos que lutar em defesa dos bancos públicos, contra a Reforma Trabalhista, contra a Reforma da Previdência e contra a digitalização do sistema financeiro. Vamos sair com um plano de lutas, que será nossa pauta de reivindicação contra a alteração de pontos fundamentais da CLT, que protegeu a classe trabalhadora durante muito tempo.”

O presidente da Contraf-CUT lembrou ainda que o Bradesco anunciou seu Plano de Desligamento Voluntário Especial (PDVE) e a Caixa, além de reabrir seu PDV, iniciou um programa de reestruturação, com objetivo de espalhar intranquilidade aos empregados, que optarão por aderir ao processo. “Os bancos estão se preparando para a entrada em cena da reforma trabalhista, com contratações intermitentes, contratações temporárias e home office.  Se analisarmos os balanços dos bancos, fica claro que eles não estão se reestruturando por problemas financeiros, estão se reestruturando para ganhar mais dinheiro, reduzir suas despesas com pessoal e aumentar a lucratividade sobre o patrimônio líquido.”

Roberto von der Osten finalizou ao revelar que bancos foram artífices da reforma trabalhista. “A Fiesp escreveu parte das mudanças e a Fenaban outra parte. Sabemos que há muito tempo eles vêm sugerindo esse tipo de mudança.”

Os demais ramos também apresentaram as suas realidades e sugeriram ações unitárias, além da continuidade das denúncias dos deputados e senadores que votaram contra a classe trabalhadores.

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