A Secretaria da Mulher da Contraf-CUT participou do lançamento da cartilha “mulher bancária”, na última terça-feira (9), na sede da Fetrafi-RS, em Porto Alegre. A publicação, que é resultado do trabalho Coletivo de Mulheres Bancárias do Sindicato os Bancários de Porto Alegre, aborda o combate ao assédio moral, sexual e discriminação de gênero.
Elaine Cutis, secretaria da Mulher da Contra-CUT, enalteceu as companheiras de Porto Alegre pela cartilha. “Elas estão de parabéns por rearticular o coletivo de mulher. Melhor ainda com um material tão oportuno para o momento, em que o debate sobre violência contra as mulheres está no centro da pauta da sociedade.”
Durante o evento, Elaine fez um resgate histórico da luta da categoria bancária em defesa de igualdade de oportunidades. Ela apresentou o documento “A luta da categoria bancária pela igualdade de oportunidades” mapeia as dificuldades das mulheres para enfrentar o machismo.
Tatiana Oliveira, bancária da Caixa e diretora de Comunicação do Sindicato dos Bancários do Pará, militante da Marcha Mundial das Mulheres e secretária da mulher da CUT do Pará, apresentou o estudo “Mercantilização do corpo e da vida das mulheres”. O tema parece imperceptível, invisível até. Mas é tão presente na vida das trabalhadoras que chega a se naturalizar.
Já Luiza Bezerra, bancária do Banco do Brasil, diretora da Fetrafi-RS, comentou que a vida de luta por igualdade de oportunidades não é fácil em todas as instituições. Até no voto, as mulheres têm sido subrepresentadas. Apenas 9% das mulheres ocupam alguma cadeira de deputada federal ou de senadora no Congresso Nacional. As mulheres ganham menos do que os homens em qualquer profissão mesmo que exerçam as mesmas funções e ainda sofrem violência doméstica, uma epidemia que a Leia Maria da Penha, que completou 10 anos de vigência no domingo, 7/8, reduziu, mas que ainda precisa ser combatida.
