Banqueiros lucram muito e não reconhecem o esforço dos bancários
Bancárias e bancários da base de BH e região foram às ruas nesta terça-feira, 29, para exigir respeito da Fenaban para com os trabalhadores após os bancos terem apresentado uma proposta frustrante, que não atende às reivindicações da categoria. Em protesto, o Sindicato retardou a abertura de diversas agências bancárias na região central de Belo Horizonte e realizou ato em frente à Agência Século da CAIXA, com a apresentação de esquetes teatrais da Cia dos Aflitos.
Este Dia Nacional de Luta faz parte de um calendário de mobilizações aprovado pelo Comando Nacional dos Bancários para pressionar os bancos, com indicativo de greve a partir de 6 de outubro. No Sindicato, uma Assembleia Geral Extraordinária será realizada nesta quinta-feira, 1º de outubro, para deliberar sobre a proposta da Fenaban e sobre o início da greve.
Na última rodada de negociação, realizada no dia 25 de setembro, em São Paulo, os bancos apresentaram proposta com reajuste de 5,5% no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação e creche, além de um abono de R$ 2.500,00, não incorporado ao salário. O reajuste proposto está muito abaixo da inflação, que ficou em 9,88% (INPC) em agosto deste ano, e significa perda real de 4% para os salários e demais verbas da categoria.
Para a presidenta do Sindicato, Eliana Brasil, é inaceitável o descaso com que os bancos receberam as reivindicações dos bancários durante as negociações.
“A mobilização é nosso principal instrumento para pressionar os banqueiros e as direções dos bancos públicos para que apresentem propostas que respeitem a categoria e reconheçam o esforço diário dos trabalhadores nas unidades de trabalho. Estamos em luta contra a ganância dos bancos, que são o setor que mais lucra no Brasil, e exigimos mais contratações, o fim do assédio moral e das metas abusivas, melhores salários e melhores condições de trabalho e segurança nas agências”, destacou.