Senadores adiam concessão de adicional de risco de vida aos vigilantes

Dez senadores podem ser suficientes para derrubar ou, no mínimo adiar por muito tempo o sonho de um milhão e trezentos mil vigilantes em todo o país. Quando o prazo para a apresentação de recursos ao relatório já votado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado já se esgotava, o grupo de parlamentares apresentou um recurso pedindo para que a proposta, que incluiria os vigilantes brasileiros na lista das profissões sujeitas à risco de vida e, portanto, ao pagamento do adicional de 30% fosse apreciado pelo plenário da Casa.

De acordo com o Regimento Interno do Senado, se o recurso não fosse apresentado até sexta-feira, dia 4, o projeto iria diretamente para o Palácio do Planalto. Com a ação, os senadores impediram que o projeto fosse à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Agora, caberá ao plenário do Senado debater e votar a matéria, o que não tem prazo para acontecer.

O diretor da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), Chico Vigilante, disse que conversou com um dos senadores que assinaram o recurso. “Ele admitiu que houve pressão das Confederações Empresariais”, disse.

A CNTV lembra que a pressão da categoria pode fazer com que os “inimigos” dos vigilantes recuem e retirem suas assinaturas do requerimento, impedindo assim que o projeto seja esquecido nas gavetas do Senado. A categoria estará mobilizada durante todo o final de semana e disposta a não desistir de um direito que, acredita, é “líquido e certo”.

Confira os nomes dos senadores que assinaram o recurso:

– Adelmir Santana (DEM-DF)
– Romero Jucá (PMDB-RR)
– Antônio Carlos Valadares (PSB-SE)
– Renan Calheiros (PMDB-AL)
– Romeu Tuma (PTB-SP)
– Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR)
– Rosalba Ciarlini (DEM-RN)
– Marconi Perillo (PSDB-GO)
– José Agripino (DEM-RN)
– Marco Maciel (DEM-PE)

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