Os bancários deram uma resposta indignada e com participação forte à proposta insuficiente dos banqueiros da Fenaban no primeiro dia da greve nacional na terça-feira, 6/9. A greve arrancou com muita força. Na área de abrangência do SindBancários (Porto Alegre e Região Metropolitana) 245 agências ficaram paralisadas. Mesmo com a sinalização da Fenaban de abrir nova mesa de negociação na sexta-feira, a orientação do SindBancários é fortalecer a greve. É preciso ampliar a participação e a unidade e conversar com colegas que ainda não aderiram ao movimento.
“O primeiro dia da nossa greve foi muito forte. Podemos afirmar que os banqueiros da Fenaban pagaram para ver e sentiram que a proposta indignou a nossa categoria em todo o país. Precisamos ficar atentos. É hora de fortalecer a greve, conversar com colegas das agências e vir para os atos e movimentos que o Sindicato chamar. Os representantes da Fenaban têm que vir com uma proposta decente. Se não, vamos fortalecer ainda mais o movimento”, advertiu o presidente do SondBancários, Everton Gimenis, que irá participar da mesa de negociação com a Fenaban em São Paulo.
O primeiro dia foi marcado por uma mobilização fortalecida. Em Porto Alegre, dirigentes sindicais, bancários de base, começaram o dia afirmando que a proposta sem aumento real da Fenaban era indecente. A Fenaban ofereceu, em 29/8, reajuste de 6,5% (cerca de 3% abaixo da inflação) e abono de R$ 3.000,00. Os bancários demonstraram compreensão sobre a questão do abono. Abono não é incorporado ao salário, ao contrário do aumento real.
Os banqueiros não têm do que se queixar. Para os bancos, aliás, não há crise. O lucro somado dos cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Caixa, Itaú, Santander e Bradesco) chegou a R$ 29,7 bilhões no primeiro semestre de 2016. Desde 2013, os bancos eliminaram cerca de 23 mil postos de trabalho em todo o país. Somente nos últimos 12 meses foram cerca de 7 mil bancários demitidos. Dentre as reivindicações dos bancários, além da proteção ao emprego, estão aumento real, PLR maior e melhores condições de trabalho.
Assembleia de mobilização
Depois do almoço coletivo em frente à Agência Central do Banrisul, na Praça da Alfândega, ao meio-dia, os grevistas participaram de uma assembleia, no final da tarde desta terça-feira, 6/9. A reunião foi no mesmo local do almoço. A assembleia organizativa ratificou o calendário de lutas definido na assembleia da segunda-feira , 5/9. Também houve decisão acerca de uma atividade da próxima semana. Ao meio-dia da segunda-feira, 12/9, haverá um Ato em Defesa das Empresas Públicas em comemoração ao aniversário de 88 anos do Banrisul. Os bancários irão se concentrar na Praça da Alfândega e sair em caminhada até o Palácio Piratini para entregar documento ao governador José Ivo Sartori e cobrar um compromisso de manter intacto o patrimônio público dos gaúchos.
Calendário de Mobilização da GREVE
Quinta-feira, 8/9
7h30: Mobilização e Panfleteação em frente à sede da Direção Geral (DG) do Banrisul (Caldas Junior, 108, Centro Histórico de Porto Alegre).
8h: Saída dos Piquetes Móveis do Banco do Brasil da Agência Rua Uruguai (Rua Uruguai, 185, Centro Histórico de Porto Alegre, junto à Praça Montevidéu).
8h: Saída dos Piquetes Móveis em frente à Direção Geral (DG) do Banrisul (Rua Caldas Junior, 108, Centro Histórico de Porto Alegre).
16h: Assembleia de organização da GREVE.
Sexta-feira, 9/9
7h30: Mobilização e Panfleteação em frente à sede da Direção Geral (DG) do Banrisul (Caldas Junior, 108, Centro Histórico de Porto Alegre).
8h: Saída de Piquetes Móveis.
11h: Mesa de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban em São Paulo.
Segunda-feira, 12/9
7h30: Mobilização em frente à Direção Geral do Banrisul (DG) (Caldas Junior, 108, Centro Histórico de Porto Alegre).
12h: Ato de Aniversário de 88 anos do Banrisul e em Defesa do Patrimônio Público na Praça da Alfândega, entre o Banrisul e a Caixa, no Centro Histórico de Porto Alegre.
13h: Caminhada até o Palácio Piratini.
