Em Vit¢ria da Conquista, Bradesco demite cinco em 15 dias

(Vitória da Conquista) Para denunciar as cinco demissões de bancários pelo banco Bradesco, os dirigentes do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região (BA) realizaram na manhã desta quinta-feira (25) uma manifestação em frente às agências do Banco. Na ocasião, foi distribuída uma nota chamando a atenção de funcionários, clientes e a comunidade em geral.

 

Desde a aquisição do Banco do Estado da Bahia (Baneb) pelo Bradesco em 1994, este tem adotado a política de reduzir o seu quadro de funcionários. No alvo estão os antigos servidores do Baneb: somente na primeira quinzena de janeiro, dos cinco bancários demitidos, três eram do Baneb.

 

Para o presidente do Sindicato dos Bancários, Delson Coelho, a postura adotada pelo banco de trocar os antigos servidores, em estado produtivo, por novos é uma forma de baratear a mão de obra com o pagamento de menores salários.  "Essa é uma postura descabida, tendo em vista que é necessária a manutenção da força do trabalho do funcionário. O Bradesco esperou 33 anos pra decidir que um dos bancários não possuía o perfil da empresa. Temos consciência de que, com essas demissões, o Banco visa, única e exclusivamente, o aumento do lucro", argumenta o presidente. 

 

Filas

Além das demissões, um outro problema encontrado no Bradesco são as imensas filas, principalmente, no inicio de cada mês (período de pagamento de benefícios e aposentadorias) e em dias ante e pós feriados.

 

"Há períodos do mês em que percebemos que as agências estão em perfeitas condições de funcionamento. Esse ambiente, com menos filas, poderia ser estendido aos demais dias desde que tenham cada vez mais bancários trabalhando", explica Delson Coêlho.

 

Nos últimos anos no Brasil, houve uma redução da mão de obra bancária: passou de 1 milhão para cerca de 400 mil. Este índice é inferior ao de países de primeiro mundo no qual a jornada de trabalho é de cinco horas. "Sabemos que nas financeiras, que são empresas dos bancos, se encontram quase 600 mil trabalhadores que executam a mesma atividade que os bancários, mas, não são reconhecidos como tais", conclui o presidente do Sindicato dos Bancários.

 

Fonte: Seeb Vitória da Conquista

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