Dia Internacional de Luta na América Latina
Os trabalhadores do HSBC cruzaram os braços em todo o continente na manhã desta terça-feira (25) em protesto contra a onda avassaladora de demissões que vem ocorrendo em praticamente todos os países onde o banco atua, bem como exigiram melhores condições de trabalho e mais respeito e valorização.
Em Porto Velho, as duas agências – Centro/Premier e Urbana (avenida Jorge Teixeira, ao lado da estação rodoviária) – só abriram para atendimento aos clientes e usuários após as 10 horas por conta do protesto que contou com a participação dos funcionários e a compreensão do público.
De acordo com a Contraf-CUT, o banco inglês – que ostenta o título de
mais rico do planeta – teve um lucro líquido de R$ 1,225 bilhão em 2012, um crescimento de 9,6% em relação a 2011. “O que não dá para entender e tampouco admitir é que, mesmo com todo este crescimento no lucro, especialmente no Brasil, onde o banco rende mais do que em qualquer outro país, o HSBC fecha postos de trabalho e ainda pratica a rotatividade, que é demitir funcionários com muito tempo de casa e substituindo-os por outros funcionários novatos com salários
menores”, denunciou o presidente do Sindicato dos Bancários e
Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia, José Pinheiro, que é funcionário do HSBC.
O sindicalista alerta ainda para o fato de que o banco inglês pouco se importa com seus clientes, pois com as demissões e a rotatividade, a falta de funcionários compromete ainda mais a qualidade do atendimento ao público, com a geração ainda mais forte de filas gigantescas, demora no atendimento.
“E com isso o funcionário acaba sendo sobrecarregado de serviço, pois
acaba assumindo tarefas dos que foram demitidos ou até mesmo daqueles
que pediram para sair porque já não aguentavam mais o assédio moral e a pressão para o cumprimento de metas abusivas, ou seja, o banco ataca com seu desrespeito e descaso dos dois lados, do funcionário e dos clientes e usuários”, concluiu.
Os bancários também incluíram no protesto a exigência da criação de um Plano de Carreiras e Salários (PCS), mais saúde e melhores condições de trabalho nas unidades.
A Contraf-CUT, federações e sindicatos entregaram, no dia 19 de junho, à direção do HSBC, a pauta de reivindicações específicas, aprovada no Encontro Nacional dos Funcionários. A primeira rodada de negociações está agendada para o dia 2 de julho e a segunda para o dia 30 de julho.