Desemprego cai a 4,7%, menor nível para outubro, e renda cresce

Reuters
Rodrigo Viga Gaier

O desemprego brasileiro caiu a 4,7 por cento no mês passado, menor nível para outubro, ao mesmo tempo em que a renda média do trabalhador cresceu em meio ao cenário de atividade econômica fraca mas que viu a ocupação no mercado de trabalho crescer.

Em setembro passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, a taxa de desemprego havia ficado em 4,9 por cento em setembro. O resultado de outubro também é o menor visto neste ano.

Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa era de que a taxa de desemprego ficasse em 4,9 por cento no mês passado.

“No caso da comparação mensal, essa movimentaçao na taxa ocorreu por conta da maior ocupação e da menor procura e menor pressão sobre o mercado de trabalho”, afirmou a economista do IBGE, Adriana Beringuy. “Tivemos um aumento da ocupação, o que não se via nos últimos meses”, acrescentou.

No mês passado, a população ocupada cresceu 0,8 por cento sobre setembro, chegando a 23,278 milhões de pessoas, enquanto que a desocupada caiu 3,5 por cento na comparação mensal, atingindo 1,142 milhão de pessoas.

O IBGE informou ainda que a renda média real subiu 2,3 por cento em outubro sobre setembro e 4 por cento sobre um ano antes, a 2.122,10 reais.

O cenário econômico brasileiro tem sido marcado pelo fraco desempenho econômico e inflação elevada. Pesquisa Focus do Banco Central com economistas de instituições financeiras mostra que, pela mediana, as expectativas são de que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá apenas 0,21 por cento este ano, bem abaixo dos 2,5 por cento vistos em 2013.

A economia brasileira fechou mais de 30 mil postos formais de trabalho em outubro, no pior desempenho para o mês desde pelo menos 1999, segundo números do Ministério do Trabalho.

Pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados recentemente pelo IBGE, no segundo trimestre a taxa de desemprego no Brasil havia caído para 6,8 por cento. No primeiro trimestre do ano, o indicador havia ficado em 7,1 por cento.

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