Após pressão dos bancários e da sociedade, denúncias e multas, os bancos recuaram e na negociação na tarde de quarta-feira, dia 23, com a Câmara Municipal de Fortaleza, eles discutiram o Estatuto Municipal de Segurança Bancária. Os representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) propõem um termo de acordo com alterações no estatuto alegando inviabilidades operacionais de alguns itens.
No entanto, pela manhã, em reunião na Assembleia Legislativa, eles debateram a criação de um Estatuto de Segurança para todo o Estado. Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra, isso pode ser um avanço, desde que os bancos realmente cumpram a lei.
No encontro da Câmara de Fortaleza, os bancos recuaram afirmando que não são contra a lei. A ideia discutida, se tiver acordo com os bancários, através do Sindicato, é a Câmara Municipal de Fortaleza enviar a proposta ao prefeito de Fortaleza para sanção de alterações na lei.
Participaram da reunião na Câmara, além de Carlos Eduardo, os vereadores Acrísio Sena (PT), Deodato Ramalho (PT) e Evaldo Lima (PCdoB). Também compareceu o assessor técnico da diretoria de segurança bancária da Febraban, Virgílio Ribeiro.
Na Assembleia Legislativa
No mesmo, pela manhã, em novo encontro promovido pelo deputado estadual Antonio Carlos, na Assembleia Legislativa, os representantes do Sindicato e da Febraban debateram aspectos do projeto de Lei Estadual da Segurança Bancária, de autoria do deputado petista.
O encontro foi uma oportunidade de banqueiros e trabalhadores, mediados pelo parlamentar, debaterem a insegurança a que cidadãos e funcionários estão expostos no convívio com as instituições financeiras e de como a legislação proposta pode efetivamente melhorar a situação.
Para o presidente do Sindicato, as reuniões representaram avanços positivos e enfatizou que “a pressão dos bancários, dos vigilantes e da sociedade com aprovação do Estatuto de Fortaleza, as denúncias e as multas levaram os bancos a mudar de posição, participar dessa negociação e com perspectivas de ampliar a lei para todo o Estado”.
Itens em discussão
Os bancos aprovam itens de segurança sobre os biombos, portas eletrônicas com detectores de metais, câmaras de monitoramento interno e externo, guarda-volumes e vigilantes armados com coletes. Mas, há divergências nos itens sobre fachada blindada, vigilantes 24 horas e questões sobre acesso do transporte de valores.