Caixas eletrônicos explodidos, agência danificada e sangue no chão. Esse foi o cenário encontrado por bancários do município de Lucas do Rio Verde, a 360 quilômetros de Cuiabá, na manhã desta sexta-feira (10). Durante a madrugada, o Banco do Brasil do município foi alvo de criminosos que explodiram dois caixas eletrônicos e trocaram tiros com a polícia. Com esta ação, o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT) contabiliza 17 ataques a bancos em Mato Grosso.
Com a crescente onda de ataques a bancos, bancários estão cada vez mais inseguros no ambiente de trabalho, como avalia o SEEB-MT. De acordo com o presidente do Sindicato, Arilson da Silva, os trabalhadores chegaram a tal ponto de temer que a agência onde trabalham possa ser a próxima na lista. Tal situação deixa os bancários mais ansiosos e a população mais amedrontada.
Na ação desta sexta-feira, a Polícia Militar afirma que após a explosão de dois caixas eletrônicos, o vigilante da agência acionou a polícia que agiu em seguida. Os bandidos reagiram dentro da agência e, durante troca de tiros, dois criminosos forma baleados e morreram no local.
Houve fuga do restante da quadrilha, perseguição policial e, na mata fechada, mais um bandido foi morto na operação. O valor roubado não foi recuperado. Policiais apreenderam um colete à prova de balas e algumas armas usadas pela quadrilha.
O 17º ataque a bancos no Estado ocorreu na semana onde mais duas ocorrências foram realizados na região. Na quarta-feira (8), o alvo foi o Posto de Atendimento do Bradesco de Nova Santa Helena e, na quinta-feira (9), o Banco do Brasil de Tapurah.
Omissão
Segundo o presidente do SEEB-MT, os bancos continuam mantendo a postura de omissos diante da onda de ataques a bancos em Mato Grosso. Ele afirma que, mesmo com altos índices de violência, nenhuma ação preventiva foi reforçada pelas instituições financeiras.
“Bilhões de reais em lucros estão sendo divulgados pelos bancos, mas a insegurança nas agências continua. É uma vergonha os bancos se omitirem diante desta situação onde a população e os bancários são reféns da violência dentro das agências”, diz.
Arilson observa que, apesar do ataque ao Banco do Brasil de Lucas do Rio Verde ter ocorrido durante a madrugada, o trauma desencadeado pela ação pode atingir os trabalhadores que presenciam o local de trabalho ser deteriorado pela violência. Segundo ele, o clima de terror se mantém depois que tudo acontece.
