Mobilização contra presença de correspondentes, agência em obra e insegurança
A luta contra a precarização do trabalho nas agências do Banco do Brasil ganhou apoio dos funcionários da instituição financeira e também da população em São Paulo.
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Dirigentes sindicais estiveram em três regiões na manhã desta quinta-feira (28) para alertar bancários e clientes sobre as contratações de correspondentes bancários pelo BB. O banco aproveita-se da brecha dada pelo Banco Central, que estipulou o prazo até novembro deste ano para aplicação da Resolução 4.035, que proíbe a utilização desse serviço dentro de agências e postos de atendimento.
O protesto foi realizado nas agências Brás, Alto do Ipiranga e Vila Maria, com distribuição de carta aos clientes sobre as medidas do banco, que não cumpre o papel social de instituição financeira pública e ataca os direitos da categoria bancária. O próximo passo é o envio de uma carta denúncia ao Banco Central e ao Conselho Monetário Nacional.
Falta segurança
Desde o ano passado a empresa terceirizada Capital Segurança, que presta serviços ao BB, vem pisando na bola com seus funcionários, com atraso de pagamento e de benefícios. Segundo informações passadas aos dirigentes sindicais, a empresa decretou falência e os vigilantes não foram pagos.
O banco, no entanto, não contratou outra empresa especializada e algumas agências foram flagradas desrespeitando o plano de segurança da Polícia Federal. Para o diretor do Sindicato Ernesto Izumi (foto acima), “a irresponsabilidade do banco em não fiscalizar o trabalho executado por uma empresa contratada e a demora em resolver a próxima contratação coloca todos em risco”.
O local foi fechado pelos dirigentes e os trabalhadores foram transferidos para uma agência próxima. Ernesto Izumi ressalta que tanto a falta de segurança em uma das agências quanto as obras no Alto do Ipiranga, serão denunciadas ao Centro de Seviços e Logística do BB. “Também queremos discutir com o CSL questões sobre as empresas de limpeza”, completa.
Faltam condições de trabalho
A situação precária da agência Alto do Ipiranga, que mais parece um canteiro de obras, foi flagrada por dirigentes sindicais durante o ato. Sacos de cimento, parte elétrica a mostra, muita poeira, madeiras por todos os lados. Se o local estivesse aberto aos clientes e os bancários exerciam suas funções, estariam todos expostos aos riscos de acidentes.