Durante discurso na 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender hoje a preservação do Protocolo de Quioto e cobrou que países ricos assumam compromissos para um acordo em Copenhague, na Dinamarca.
“A hora de agir é essa. O veredicto da história não poupará os que faltarem com suas responsabilidades neste momento”, disse. Lula lamentou que os países com menos responsabilidades pelas emissões de gases de efeito estufa sejam as principais vítimas das alterações climáticas.
Ele lembrou que o Protocolo de Quioto estabelece a obrigatoriedade de financiamento aos países pobres e em desenvolvimento para a execução de projetos na área. Segundo o presidente, será muito difícil reforçar a capacidade de adaptação de nações mais vulneráveis sem um fluxo financeiro como “forte componente”.
“Mecanismos de mercado podem ser muito úteis, mas nunca terão a magnitude ou a previsibilidade que realmente queremos. Se ficarmos à espera do lance dos nossos parceiros, podemos descobrir que é tarde demais”, disse, ao destacar que “a fragilidade de alguns não pode servir de pretexto para o recuo de outros”.
Segundo o presidente, não é “politicamente racional” ou “moralmente justificável” que países ricos coloquem interesses corporativos e setoriais acima do bem comum da humanidade.