Ato na Fidelity Jundiaí mobiliza trabalhadores para a luta

O ato realizado na unidade da Fidelity em Jundiaí nesta última sexta 19 sensibilizou todos os trabalhadores, que se uniram a luta por valorização, remuneração, melhores condições de trabalho entre outros, promovido pela Contraf-CUT, Sindicato dos bancários de Jundiaí e Região, Sindicato dos bancários de São Paulo e Região e a Fetec SP.

Veja na íntegra o relato de um funcionário da empresa, que não se conteve ao ouvir o discurso do “alemão”, diretor do Sindicato dos bancários de Jundiaí, e perceber que eatá inserido na opressora situação de trabalho.

Olá amigos da Contraf-CUT, venho por meio deste e-mail demonstrar minha mobilização e gratidão pelos protestos feitos esta tarde 19/09/08) em frente a Fidelity de Jundiaí.

Eu estava sentado na entrada do condomínio, quando me atingiu um comentário muito feliz e maravilhoso por um de seus representantes, o “alemão”. Ele recitou de uma maneira poética e simples que a dignidade dos trabalhadores do Brasil não pode ser esquecida.

Realmente, alemão, nessa primavera eu quero poder ver o sol brilhar, quero poder saber que os trabalhadores da Fidelity não estão mais sujeitos a essa poluição diária que coloca em risco sua saúde mental e psicológica, que não desanimassem sua gana, sua garra brasileira e sua criatividade inovadora.

Quero que vocês nos ajudem a salvar a alma deste país, pois não podemos admitir que os banqueiros com um poder executivo alto explorem a classe social de menor poder aquisitivo.

Existem supervisores dentro da área de cobrança que não deixam os funcionários fazerem pausa para ir ao banheiro depois das 20:00 hs, como se os funcionários após as 20:00 hs não tivessem o direito de fazer suas necessidades humanas. Esses mesmos supervisores humilham as pessoas nas “salas de feed back” fazendo, muitas vezes, o funcionário chorar.

Hoje (19/09/08) uma funcionária passou mal e teve de ser retirada pela maca. Não existiam médicos ou profissionais da saúde para transportá-la para fora da “prisão” que é aquele lugar, tiveram de os supervisores retirarem a funcionária, podendo assim, se ela tiver uma fratura ou convulsão por exemplo, piorar seu estado de saúde.

Outro fato curioso dentro da cobrança é quando o funcionário está conversando com seu colega de lado e seu supervisor o ameaça trocar ele de P’A. Nos sentimos como cavalos de corrida, devemos sempre alcançar as metas e conversar o menos possível com os colegas de lado, temos sempre o tempo estipulado para descanso tendo de ser cumprido rigorosamente, não podendo ultrapassar um minuto.

Eu estou saindo desta empresa por motivos de saúde, mas não quero simplesmente sair e ignorar o fato, quero ajudar meus amigos que estão lá dentro porque precisam colocar um prato de comida na mesa de sua família, ou que precisam pagar os medicamentos de sua mãe adoecida, e são “obrigados” a se sujeitar as condições lamentáveis de “trabalho”.

Vamos lá Contraf/CUT! Não desistam de lutar por um Brasil melhor, não deixem de acreditar que as pessoas tem a esperança em seu peito. O que estão fazendo pode ser uma simples gota no oceano, mas sem essa gota o oceano ficaria menor. LUTEM SEMPRE! e contem comigo.

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