Depois de três rodadas, negociações específicas com o BRB não avançam

Depois de três rodadas de negociação, sendo que a última ocorreu na quinta-feira (17), as discussões com o Banco de Brasília (BRB) não evoluem, em um cenário muito parecido com o que ocorre nas negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Além de propor a retirada de cláusulas do acordo que, segundo o banco, já estão contempladas na legislação, nada de novo foi proposto diante das reivindicações apresentadas.

Na quinta-feira (17), o BRB apresentou a seguintes respostas às reivindicações apresentadas:

Isenção de tarifas
O BRB não concorda e propõe a manutenção do que já existe, taxa de 3,2% no cheque especial, 11 saques e sete transferências. O banco afirmou que na próxima reunião veria a possibilidade de apresentar avanços neste item.

Criação de função comissionada de articulador de desenvolvimento sustentável
O banco discorda.

Equiparação da função de gerente de equipe da DG com a de gerente de núcleo
Os representantes do banco afirmam considerar justa a reivindicação de melhorar a remuneração dos gerentes de equipe, porém disseram que esta discussão seria feita em outro momento, não agora.

Rediscussão da função comissionada de gerentes de negócios
O BRB afirmou estar em estudo a rediscussão da classificação desta função comissionada, e concorda em estabelecer um prazo limite para a conclusão do estudo e implantação de uma nova classificação. O Sindicato cobrou a formação de uma comissão paritária, com a participação de gerentes de negócio indicados por ele, para as discussões. O banco ainda não deu resposta sobre a reivindicação.

Nas negociações anteriores, o BRB havia se posicionado sobre as seguintes reivindicações:
Insalubridade para os funcionários lotados em PA’s instalados dentro de hospitais

O banco entende que não há necessidade, segundo ele, embasado em estudos e nega.

Melhoria no mobiliário e leitoras eletrônicas
O BRB disse que possui um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com o Ministério Público do Trabalho, que visa melhorias na ergonomia do banco como um todo, porém não apresentou data definitiva para a substituição de mobiliário, em especial do autoatendimento, o mais urgente, segundo o banco. Quanto às leitoras dos caixas e os “pins”, ficou de apresentar data de substituição nas próximas reuniões.

Ressarcimento integral com medicação para doenças crônicas
Os representantes do banco negaram e afirmaram ser necessária uma coparticipação dos funcionários, para que estes se “empenhem mais no tratamento”.

Lotação de lesionados e doentes crônicos próximos à residência
O banco afirmou ser esta a política adotada, e se comprometeu a melhorar a redação da cláusula para clarificar esta postura.

Cumprimento da pausa de 10 minutos para os caixas e ginástica laboral
O BRB afirmou que orientação é para cumprimento e, juntamente com o Sindicato, se comprometeu a formatar uma medida que assegure o efetivo cumprimento, em especial por parte dos gestores, além de intensificar medidas de conscientização para a pausa e ginástica.

Segurança bancária
Os interlocutores do BRB afirmaram que há um monitoramento online, especialmente das agências consideradas de maior vulnerabilidade, principalmente na abertura e fechamento, horários mais propensos a assaltos. Quanto aos biombos nos caixas, o banco garantiu que está em processo de instalação, tendo sido instalados em 30 agências até o momento.

Sobre o roubo de equipamentos remotos, tais como notebooks e tablets, o banco concorda em não cobrar o ressarcimento do funcionário vítima de roubo ou furto devidamente comprovado através de boletim de ocorrência.

Por fim, sobre agências onde ocorram assaltos, o BRB disse que o fechamento da unidade no dia do ocorrido depende de avaliação caso a caso. O Sindicato insistiu na necessidade de fechamento da unidade no dia do sinistro, reivindicação que o banco ficou de avaliar.

O banco afirmou ainda que presta assistência médica e psicológica aos funcionários vítimas e que dá assistência jurídica até 12 meses após o ocorrido, ao que o Sindicato reivindicou que esta assistência deve ser enquanto durar eventual processo em que funcionário é arrolado, decorrente do assalto.

“Como se vê, com pouquíssimas reivindicações atendidas, e a maioria negada, se pode antever dificuldades no fechamento de nossa Campanha Nacional 2015. O banco parece não ter atentado para a necessidade de estímulo aos funcionários, para tê-los como aliados neste momento de dificuldades”, comenta o diretor do Sindicato Antonio Eustáquio, que também é bancário do BRB.

“O banco não demonstra sensibilidade nem diante de medidas com impacto mínimo, tal como a isenção total de tarifas, medida já em uso em diversas outras instituições. O que esperar de uma proposta econômica decente com este comportamento?”, questiona o também diretor do Sindicato e bancário do BRB Cristiano Severo.

Nova negociação está marcada para esta quarta-feira (23), lembrando que a Fenaban ficou de apresentar uma proposta global, incluindo itens econômicos, na sexta-feira (25).

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