Teste de estresse para reforçar confiança do mercado envolve 100 bancos

Financial Times
Gerrit Weismann, Nikki Tait, Megan Murphy e Patrick Jenkins, de Berlim, Bruxelas e Londres

O número de bancos europeus submetidos aos testes de estresse deverá aumentar significativamente, com fontes sugerindo que até 100 instituições serão envolvidas em um processo mais amplo que visa reforçar a confiança do mercado.

Líderes da União Europeia já concordaram em publicar os resultados dos testes de estresse de 26 bancos no mês que vem – principalmente instituições grandes e internacionais – para amenizar as preocupações com a exposição da zona do euro às dívidas soberanas. Mas um funcionário do governo da Alemanha disse que esses testes, que estão sendo conduzidos pelo Committee of European Banking Supervisors (CEBS), serão ampliados para que possam cobrir “uma parcela significativa do mercado” em cada mercado – cerca de metade de todos os balanços bancários em cada país da zona do euro.

O número total das instituições financeiras que terão os resultados de seus testes de estresse publicados ainda não foi definido, mas esse funcionário do governo alemão disse que os oito Landesbanks do país concordaram com a divulgação. Isso sugere que o número de bancos alemães chegará facilmente a 10 – os Landesbanks, controlados pelos Estados e os bancos de poupança municipais, mais o Deutsche Bank e o Commerzbank-, e poderá aumentar mais.

Os enfraquecidos Landesbanks vinham resistindo até agora à divulgação, alegando que testar suas capacidades de suportar calotes soberanos enviaria um sinal equivocado aos investidores em bônus.

O governo alemão há muito também apoia essa linha de ação em relação aos testes de estresse, mas mudou de opinião e agora vê a divulgação como um exercício potencialmente importante para a formação da confiança. O CEBS não quis comentar sobre a identidade dos bancos, os parâmetros dos testes e quando eles serão divulgados. Mas três pessoas a par da situação disseram que os resultados dos testes serão publicado em 15 de julho. As autoridades europeias vêm sendo pressionadas para que ampliem os testes, para que eles incluam bancos de segunda linha.

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