O grupo siderúrgico Usiminas vai demitir 810 funcionários até o final deste mês, elevando para cerca de 2 mil os cortes de vagas desde dezembro passado. A nova redução de custos acontece após a empresa ter oferecido um programa de desligamento voluntário que não atingiu a meta.
A companhia, que entre dezembro e fevereiro demitiu 700 funcionários de um total de cerca de 30 mil, informou que os novos cortes ocorrerão nas usinas de Ipatinga (MG), Cubatão (SP) e na sede, em Belo Horizonte.
O programa voluntário de demissão, aberto em 4 de maio e finalizado na sexta-feira passada, dia 22, recebeu adesão de 516 empregados dos três locais alvo dos novos cortes.
“O número de adesões ao PDV foi considerado aquém das necessidades da empresa. Por isso, a siderúrgica terá que ampliar a adequação em seu quadro de pessoal. A iniciativa visa ajustar o custo de pessoal ao contexto econômico de severa retração na demanda”, informa a Usiminas em comunicado.
Em março, o presidente-executivo da companhia, Antônio Castello Branco, havia afirmado que a empresa operou o primeiro trimestre com 50% de sua capacidade produtiva, contra níveis acima de 90% antes do agravamento da crise financeira internacional em setembro. Na ocasião, o executivo não excluiu chance de novas demissões além das 700 feitas até o fim de fevereiro.
Os novos cortes têm como meta reduzir os custos com pessoal a nível histórico de 10% dos custos totais. Atualmente, a Usiminas opera com dois altos-fornos acesos de um total de cinco da empresa.
“Até o momento, mais de 300 ações (de reduções de custos) estão em curso nas usinas, com potencial para gerar economias anuais de até 1,2 bilhão de reais”, afirma a Usiminas. “As perspectivas para o restante do ano apontam para uma recuperação do setor siderúrgico ainda incipiente e bem mais lenta do que o originalmente previsto.”
Os novos desligamentos na companhia, que serão realizados o próximo sábado (30), representam 6% do quadro de empregados atual, informou a empresa